O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, encaminhou recomendação urgente ao Ibama, nesta segunda-feira (26), exigindo que a mineradora Hydro Alunorte seja multada e suspenda as atividades.
A medida partiu após ser comprovado que houve vazamento de resíduos nas localidades próximas à mineradora e que a população local tem tido dificuldades em consumir água potável.
(Foto: Divulgação)
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"Determinei que o Ibama adote todas as providências legais e administrativas para cessar os danos, com a aplicação de sanções de embargo da atividade e multas pecuniárias, Não estamos à beira de uma nova Mariana, mas esse vazamento é sério e vem de uma empresa que pertence ao governo da Noruega, portanto, uma empresa que deveria ter responsabilidades, ainda mais na Amazônia", disse o ministro.
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DANOS AMBIENTAIS
Recentemente, além de comprovado o vazamento, foi constatado também que a mineradora fazia uso de uma tubulação clandestina, onde despejava material tóxico em um braço de rio de Barcarena.
Para agravar mais a situação, pelo menos 24 barragens que estão sob supervisão da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) não têm nenhum relatório de fiscalização registrado nos principais órgãos de controle federal; Agência Nacional de Mineração (antigo DNPM) e Agência Nacional de Águas (ANA).
(Foto: Via Whatsapp)
Já na última sexta-feira (23), o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) anunciou uma série de recomendações sobre os impactos ambientais do vazamento de resíduos. Três delas são de caráter imediato: fornecimento de água potável às comunidades atingidas pelo vazamento; paralisação das atividades da bacia DRS-2, que funciona de forma irregular; e operacionalização do plano de emergência.
RELEMBRE
Desde o último sábado (17), moradores de Barcarena denunciam a poluição causada após um rompimento de barragens de rejeitos da Hydro.
Os moradores denunciam que a Hydro pratica irregularidades territoriais, ambientais e sociais, inclusive discriminação nas comunidades de Jesus de Nazaré, Burajuba, Água Verde e Jardim Canaã, onde moram quase 5 mil famílias.
Entre as denúncias mais graves está a de que a Norsk Hydro construiu um depósito de resíduo numa Área de Proteção Ambiental (APA), que é protegida por lei e onde existem comunidades remanescentes de quilombos. Na época, a Hydro negou todas as denúncias.
(Com informações do Estadão)
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