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Coronavírus no Pará: como o paraense está se preparando?

Na tarde desta quarta-feira (18), o Pará confirmou o primeiro caso do novo Coronavírus (Covid-19). O paciente veio do Rio de Janeiro, foi contaminado no Carnaval e apresentou os sintomas tão logo chegou a Belém. Nas redes sociais, se fala em estocar em ca

Imagem ilustrativa da notícia Coronavírus no Pará: como o paraense está se preparando? camera Grande maioria da população tem buscado álcool em gel nos estabelecimentos como forma de prevenção. | Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Na tarde desta quarta-feira (18), o Pará confirmou o primeiro caso do novo Coronavírus (Covid-19). O paciente veio do Rio de Janeiro, foi contaminado no Carnaval e apresentou os sintomas tão logo chegou a Belém. Nas redes sociais, se fala em estocar em casa os alimentos e os produtos de higiene, repetindo as mesmas ações (consideradas "apressadas" ou "desnecessárias") que aconteceram em outros estados onde o vírus já está circulando.

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Mesmo com as medidas preventivas anunciadas pelo Governo e com as orientações dos órgãos de saúde, orientando as pessoas para lavarem as mãos com água e sabão, usarem álcool em gel e cobrirem o rosto ao tossir ou espirrar, vem a pergunta: como o paraense está se preparando dentro e fora de casa diante do Covid-19?

"SAINDO POUCO"

"Temos visto poucas pessoas nas ruas, sendo que algumas já estão usando máscaras. Aqui em Mãe do Rio a gente tá enfrentando também alguns casos de sarampo. Até pessoas próximas da nossa família pegaram a doença” - Yanka Setuba, assistente administrativa e moradora de Mãe do Rio, nordeste paraense.

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Registro feito na Estação das Docas na noite desta quarta (18): restaurantes e mais áreas vazias
📷 Registro feito na Estação das Docas na noite desta quarta (18): restaurantes e mais áreas vazias |Celso Rodrigues/Diário do Pará

Yanka trabalha em uma escola como assistente administrativa. Com o decreto municipal que suspendeu as aulas até o dia 12 de abril, e o estadual, que o fez até 31 de março, ela tem permanecido a maior parte do tempo em casa, onde mora com a mãe e a tia (ambas hipertensas), a irmã, o primo e o avô, quem concentra a maior preocupação devido a idade: 84 anos.

"Aqui em Mãe do Rio não encontramos mais álcool em gel. Só conseguimos comprar um na segunda porque disseram que as farmácias seriam reabastecidas hoje. E ainda não chegamos ao ponto de estocar comida", afirma.

"NÃO POSSO SER EGOÍSTA"

O pânico tomou conta da capital paraense depois que o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no Pará. Supermercados lotaram, pessoas encheram os carrinhos de compras e o trânsito ficou caótico. Era cada um por si.

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"Eu pensei logo em estocar [produtos de higiene], mas lembrei que não posso ser egoísta. Tenho dois filhos e sempre usei álcool em gel. Já tinha uns vidrinhos, então só pensei nas outras mães com os seus bebês. Comprei apenas um vidro médio no início de março e não penso em comprar outro até voltar a ter estoque nas farmácias" - Bruna Silva, acadêmica de Ciências Contábeis e moradora do bairro da Marambaia, em Belém.

Mãe de duas crianças, uma de quatro meses e outra de seis anos, ela garante que tem seguido as recomendações dentro e fora de casa. Tem galões de água armazenados por causa dos filhos e vai fazer as compras apenas todo o dia 15 de cada mês. “Compramos mais comida que o normal porque pensei no aniversário da minha filha, mas não vai mais ter, mas estou com medo, né? Somos cinco aqui, então fica difícil racionar comida direito, mesmo assim estamos tranquilos. O problema mesmo são os perecíveis, que exigem que a gente renove sempre”, explica.

Buscas por produtos como álcool em gel ficaram concentradas em supermercados e em farmácias de manipulação, como é o caso da foto.
📷 Buscas por produtos como álcool em gel ficaram concentradas em supermercados e em farmácias de manipulação, como é o caso da foto. |Mauro Ângelo/Diário do Pará

"TEM ÁLCOOL EM GEL AÍ?"

Essa foi a pergunta do momento nas principais farmácias e drogarias desde que o vírus já ameaçava chegar aqui no Pará e intensificou depois que os primeiros casos foram confirmados fora daqui. A falta do produto mobilizou até buscas de sites ensinando a produzir a versão caseira, altamente perigosa e nenhum pouco recomendada para reprodução.

"De todos os dias, hoje [17] foi sem dúvida o da histeria. O comportamento das pessoas mudou por completo. Elas quase não tinham o hábito de comprar o álcool em gel, tanto que tínhamos vendas esporádicas aqui" - Ramiro Rodrigo, dono de uma farmácia no bairro do Marco, em Belém.

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As máscaras cirúrgicas já podem ser vistas pelas ruas de Belém
📷 As máscaras cirúrgicas já podem ser vistas pelas ruas de Belém |Fernando Araújo / Diário do Pará

Ramiro possui duas outras unidades: uma na capital e outra na Região Metropolitana de Belém. O abastecimento do álcool 70º, das máscaras e das luvas estão sendo feitos quase diariamente, mas com muitas dificuldades depois que a principal fornecedora limitou a distribuição para 24 unidades por cliente. “Depois que eu percebi que teria que vender isso a 30 reais, já que o produto passa por várias pessoas até chegar aqui e isso, infelizmente, aumenta o preço, eu optei por vender o álcool 70º líquido, que tem as mesmas funções do gel. Ele só não vai hidratar a sua mão”, explica.

Foi uma terça-feira (17) quando entrevistei Ramiro. O decreto do Governo do Pará que limitava a venda do álcool em gel a três unidades por pessoa (CPF) e que solicitava ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a isenção do ICMS a esses itens ainda não tinha sido anunciado. Naquela tarde, em 15 minutos dentro da farmácia do Ramiro deu para contar umas dez pessoas perguntando pelo tão cobiçado produto.

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