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Mercado reage positivamente ao vídeo de reunião ministerial

Nesta sexta-feira (22), os índices futuros da Bolsa brasileira e do dólar reagiram positivamente ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, na qual, segundo o ex-ministro Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir no

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Nesta sexta-feira (22), os índices futuros da Bolsa brasileira e do dólar reagiram positivamente ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, na qual, segundo o ex-ministro Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir no comando da Polícia Federal.

Segundo analistas do mercado, investidores esperavam um conteúdo mais revelador, que envolvesse falas negativas sobre a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

Um dos trechos em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, cita a China, foi omitido.

De acordo com pessoas que assistiram à parte sigilosa, integrantes do governo fizeram duras críticas à China em partes que o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu não divulgar.

"No geral, o vídeo mostra que o presidente foi condizente com o que fala ao público. A base apoiadora adorou e não teve uma nova bomba como muitos esperavam", diz Henrique Esteter, analista da Guide.

O Ibovespa futuro, contrato derivativo do Ibovespa que é negociado até 18h, inverteu a tendência de queda após a divulgação do vídeo, às 17h desta sexta, e fechou em alta de 1,35%.

O dólar futuro, por sua vez, ampliou a queda para 0,33%, a R$ 5,53.

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Antes do vídeo, a Bolsa de Valores brasileira fechou em queda de 1%, a 82 mil pontos, com a apreensão de investidores sobre o vídeo e realização de ganhos após alta de 5,95% na semana.

Já a cotação do dólar encerrou a sexta no zero a zero, mas, na semana, acumulou queda de 4,55%, a R$ 5,5750. Esse é o maior recuo semanal desde fevereiro de 2016, período marcado pelas expectativas de investidores quanto um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Na semana de 29 de fevereiro a 4 de março daquele ano, a moeda caiu 5,97%, a R$ 3,76. À época, também contribuiu a alta do petróleo e a queda de juros na China.

Desta vez, a queda foi uma realização dos ganhos das semanas anteriores com os cenários externo e doméstico mais favoráveis. No dia 13 de maio, quarta passada, a moeda foi a R$ 5,9040, com os ecos da saída do ex-ministro da Justiça Sergio Moro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

Em 2020, a moeda americana acumula alta de 38,9% ante o real, que tem o pior desempenho.

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Nesta semana, a aversão a risco deu lugar ao otimismo com uma possível vacina contra o coronavírus a sinalização do Banco Central de que tem espaço amplo para a venda de reservas internacionais e poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário.

Outro fator para a melhora do mercado foi a reunião, na quinta (21) entre Bolsonaro e governadores e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na qual o presidente teve apoio em vetar o reajuste dos servidores públicos.

Na reunião, Maia também defendeu um cenário de reformas pós-pandemia.

Nesta sexta, o viés foi misto no exterior após a China desistir de sua meta d e crescimento anual pela primeira vez desde 1990.

O governo chinês também propôs, nesta sexta, uma lei de segurança nacional em Hong Kong que daria mais controle à China no território. A medida foi criticada por Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos.

A Bolsa de Hong Kong derreteu 5,5% e o índice chinês CSI 300 caiu 2,3%. As principais Bolsas na Europa fecharam estáveis, à exceção de Londres, que caiu 0,37%.

Em Nova York, Dow Jones fechou estável, S&P 500 subiu 0,24% e Nasdaq subiu 0,43%.

Na Bolsa brasileira, as ações do Banco do Brasil, que chegaram a cair 4,6% durante o pregão, fecharam em queda de 2,56%, a R$ 28,51. No setor bancário, essa foi a maior queda da sessão.

Segundo analistas, a queda da estatal foi uma realização de lucros após disparada de 7% das ações na véspera. Na semana, marcada pela recuperação da Bolsa, há valorização de 9%.

Outro fator para a queda é a decisão do banco de restabelecer a publicidade em site acusado de produzir fake news após reclamação do filho do presidente, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

"O mercado não gosta de interferências políticas dentro de empresas. É difícil investir onde não se depende só das operações das empresas, mas também de ruídos políticos", diz Esteter, da Guide.

"Esse tipo de interferência pesa e há um impacto, mas, hoje, a queda é mais uma questão de mercado, com a realização de lucros da semana", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa.

As units do Santander recuaram 2,26%. As ações ordinárias (com direito a voto) do Bradesco caíram 1,6%, enquanto as preferenciais (sem direito a voto) subiram 0,6%. O Itaú teve alta de 0,5%.

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