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SAÚDE

A visão da pandemia nas religiões

O DIÁRIO conversou com especialista e representantes de diferentes religiões para saber os pontos de vista de suas crenças diante do cenário de crise mundial na saúde. Confira!

Imagem ilustrativa da notícia A visão da pandemia nas religiões camera José Antônio Mangoni: “E, como força simbólica, é muito grande. É uma vontade que está para além da realidade”. | Divulgação

É no momento de dificuldade que muitas pessoas refletem sobre a situação que estão vivendo. E, com a pandemia, não tem sido diferente. O DIÁRIO conversou com especialista e líderes religiosos que apresentaram os pontos de vista de suas crenças diante do cenário de crise mundial na saúde.

Filósofo e professor de ciências da religião da Universidade do Estado do Pará (Uepa), José Antônio Mangoni explica que o ser humano procura dar sentido para aquilo que está ao seu redor e uma dessas maneiras é a partir da questão da ciência, que vai descrever sob a ótica científica. Sobre as religiões, uma das traduções que o filósofo enxerga a partir de determinadas religiões é que a pandemia pode ser a vontade de Deus, castigo divino ou mesmo uma forma de se livrar de um carma adquirido no passado.

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“A religião procura ir além e entra no campo que não é comprovado, mas sempre no campo da fé, por isso tem muita força. E, como força simbólica, é muito grande. É uma vontade que está para além da realidade. Em geral, a religião vai no campo mais largo”, diz Mangoni. Segundo ele, no Brasil, por exemplo, as religiões mais evidentes, a cristã e suas diferentes vertentes e o espiritismo, “são as que mais procuram dar significado para a pandemia”, mas que mesmo dentro dessas tradicionais, existem diferentes formas de pensamento. Por outro lado, “as interpretações significativas são do campo da fé, que não é um conhecimento científico, mas é um conhecimento”.

Ele diz que algumas crenças estão próximas da ciência quando afirmam que é um problema humano. Para ele, as diversas manifestações de fé são componentes do significado humano, mas que elas também precisam “valorizar a ciência” dentro das suas limitações.

Segundo o padre Hélio Fronczak, pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, em Benevides, a pandemia pegou todos de surpresa, fato que obrigou a sociedade a mudar o ritmo da vida normal. “Todos os acontecimentos na nossa vida são fatos que nos trazem lições importantes, o que Deus está revelando”. Entre essas lições trazidas pela pandemia, o padre acredita na nova forma de relacionamento com Deus.

“A igreja (física) não é a única maneira de manifestar a fé e religiosidade. Com a proibição das reuniões, houve a valorização da igreja doméstica, com a família, no lar”, destaca. Além disso, a pandemia provocou uma mudança na forma de se comunicar, potencializando as transmissões virtuais e, fazendo delas, experiência de fé.

Assembleia de Deus

O pastor Philipe Câmara, da Assembleia de Deus, em Belém, considera que neste cenário de pandemia a igreja evangélica tem procurado resgatar alguns valores que, de certa forma, poderiam estar em segundo plano, como a valorização da família e, sobretudo, o fortalecimento do relacionamento com Deus. “Embora a pandemia traga lições muito duras, trouxe oportunidades que não viriam de outra forma. A gente tenta extrair da melhor maneira”, afirma. “Eu prefiro me abster do questionamento: ‘será que é Deus, será que somos nós?’. A maior parte do que acontece no mundo é porque nós escolhemos errado. Mas acredito que Deus sempre vai cumprir o propósito dele”, diz. “Creio no ‘melhor normal’, mas, acredito que ainda vai demorar um pouco para as coisas se equilibrarem, mesmo depois da vacina”.

Espírita

Sob a ótica espírita, Paulo Rabelo, terceiro vice-presidente da União Espírita Paraense (UEP), ressalta que a crença é de lei da evolução, onde tudo no universo evolui.

Partindo desse princípio, o responsável pelo período pandêmico é o ser humano. “Com nossas escolhas. Isso é uma resposta ao egoísmo que ainda existe, mas também é um remédio que nos estimula a rever nossos valores e se preparando para sermos cidadãos em uma nova realidade planetária”, opina Paulo. “Acreditamos na reencarnação. Isso tem um tempo universal. A gente entende que é um processo de transição em todos os níveis onde os indivíduos se organizam”, acredita.

Nação Nagô

Fernando Rodrigues, da religião Nação Nagô, afro-brasileira que cultua o Tambor de Mina, analisa que a individualidade, disputas por interesses próprios, falta de solidariedade e irmandade estão entre as características do mundo atual . “A pandemia é uma forma de nos punir e educar. O que temos de mais valioso é a vida, o ar que respiramos e tantas outras coisas que deixamos de lado pra gente subir”, afirma. Com a vacina em vista, Rodrigues crê que o fim de todo o drama está próximo. Por outro lado, se a humanidade não aprender a lição, dificuldades maiores virão. “É uma questão espiritual mesmo. A gente ainda vai ficar sendo observado pela espiritualidade. É preciso ter amor e acreditar na soberania da paz entre os governos que buscam fazer o melhor para as pessoas”.

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