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CRISE FINANCEIRA

Comércio comemora melhora nos lucros na capital paraense

Lojistas do centro comercial de Belém já começam a perceber uma melhora gradual nas vendas após passarem cerca de dois meses com os estabelecimentos fechados, devido a adoção de medidas restritivas durante a pandemia do novo coronavírus. Na tarde de ontem

Imagem ilustrativa da notícia Comércio comemora melhora nos lucros na capital paraense camera Cerca de 67% das famílias brasileiras estão cheias de débitos | Divulgação

Lojistas do centro comercial de Belém já começam a perceber uma melhora gradual nas vendas após passarem cerca de dois meses com os estabelecimentos fechados, devido a adoção de medidas restritivas durante a pandemia do novo coronavírus. Na tarde de ontem era possível observar a movimentação intensa de pessoas em vias como a travessa Padre Eutíquio, onde existe uma grande concentração de lojas. Seguindo protocolos, os clientes formavam filas fora das lojas, aguardando para entrar. Na entrada, higienizavam as mãos com álcool em gel.

Alguns lojistas atribuem o aumento da procura à liberação de benefícios como o auxílio emergencial. Trabalhando há um ano em uma loja de utensílios domésticos, a vendedora Emili Cristina, 18, disse que as vendas melhoram em períodos de pagamento do auxílio. “É como se fosse véspera de Natal. O movimento é maior por volta de 11h30. À tarde esse movimento diminui”, explicou.

O empresário Ítalo Carneiro, 28, proprietário de uma boutique na Padre Eutíquio, compartilha a mesma opinião. “As vendas melhoram quando pagam o auxílio”, disse ele, que precisou se reinventar. “Vendia pelas redes sociais as mercadorias no varejo e atacado e, também, vendia em casa”, ressaltou.

RENEGOCIAÇÃO

Embora também tenha notado essa melhora nas vendas, o comerciante Flávio Silva, 47, que atua no comércio há 12 anos em uma loja de calçados e bolsas, na avenida Boulevard Castilhos França, frisa que o que está sendo arrecadado nesse momento é para quitar dívidas do período em que a loja ficou fechada. “O movimento está melhorando. As pessoas estão saindo mais para o comércio, fazendo mais compras. Tivemos de entrar em acordo aqui, porque estamos com dois meses de aluguéis pendentes. O prejuízo foi muito grande. O dinheiro que está entrando é para renegociar dívidas”, garantiu ele, que chegou a ter coronavírus. “Em casa a gente tinha uma economia. Tivemos de usar, porque precisávamos pagar colégio, alimentação e plano de saúde, que não podemos deixar de pagar principalmente nesse período. No começo de abril tive covid. Foi leve e me tratei em casa. Estou recebendo auxílio e minha esposa, graças a Deus, manteve o emprego”, acrescentou Flávio, que é casado e tem um filho.

Pará perdeu mais de 14 mil empregos de março a junho

Um amplo estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) apontou que o Estado do Pará perdeu 14.200 postos de trabalho entre os meses de março a maio deste ano, sendo um reflexo dos impactos causados pela pandemia da Covid-19 nos diversos setores da economia. A percepção desse impacto é ainda maior quando é feita a comparação com o mesmo período do ano passado, conforme ressaltou Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese.

“A perda foi muito grande. No mesmo período do ano passado, perdemos 1.932 postos de trabalho no Pará. A pandemia, ao paralisar toda a economia, resultou na perda de mais de 14 mil postos contra quase 2 mil no ano passado. Somente em maio deste ano, perdemos 2.557 postos, principalmente nos setores do comércio, serviços e indústria”, pontuou Sena.

RETOMADA

Segundo Sena, os postos de trabalho não devem ser recuperados a curto prazo, mesmo com a retomada das atividades. “O comércio já vinha sendo afetado antes da pandemia. No segundo semestre do ano passado deu uma respirada, mas ainda finalizou o ano com saldo negativo. Tivemos pagamento do 13° dos aposentados, Círio, liberação de FGTS, PIS/PASEP e o 13° dos trabalhadores. Hoje, mais da metade das famílias no Pará estão endividadas. Se nada mais der errado e a pandemia não tiver piora, podemos ter mais equilíbrio na questão do desemprego no segundo semestre”, garantiu.

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