Estupros coletivos são triste realidade no Pará

As informações sobre um estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos por pelo menos 8 homens, ocorrido na última semana, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, chocaram a população paraense. Esse tipo de crime bárbaro causa revolta, mas infelizmente, se mostra como mais um exemplo do cenário de violência que tomou conta do Estado em que, segundo números oficiais do governo, a cada dia, cinco mulheres são estupradas.

Segundo familiares da adolescente, a jovem sofre com feridas e dores no corpo, além de estar completamente abalada, graças aos traumas físicos e psicológicos sofridos no incidente. Outros casos similares ocorridos no Pará também demonstraram os danos que o abuso sexual pode causar nas vítimas.

Um dos casos mais recentes ocorreu em Belém, em outubro do ano passado, quando uma adolescente de 15 anos foi abusada sexualmente em uma boate. Ela foi encontrada em coma alcoólico em um dos camarotes da casa de shows, com hematomas no corpo e sêmen na vagina. Após ser socorrida, ela afirmou que havia recebido bebidas de um homem adulto que estava no local, mas que não conseguia se lembrar dos detalhes da noite, dificultando inclusive identificar o número de pessoas que abusaram dela.

No mesmo ano, outro caso de estupro coletivo que abalou o Estado foi o de uma adolescente de 17 anos no município de Juruti, na região do Baixo Amazônas. No dia 30 de maio, ela foi induzida por um jovem de 19 anos e dois adultos de 28, sendo um deles um professor dela, a ingegir bebidas alcoólicas em uma festa particular. Os três foram presos por abusar sexualmente da jovem quando ela estava desacordada.

Outro caso envolvendo uma adolescente, que chegou a ter repercussão internacional, foi o da jovem de 15 anos mantida por 26 dias em uma cela masculina com cerca de 30 homens, na delegacia de polícia de Abaetetuba, no Pará, em 2007. Na ocasião, a jovem havia sido apreendida, após suspeita de envolvimento em um crime. A autoridade policial chegou a pedir, no dia 7 de novembro, a tranferência da adolescente em "caráter de urgência", devido aos riscos de abuso que a jovem sofria. Entrentanto, a transferência foi autorizada apenas no dia 20 daquele mês. A magistrada responsável pelo caso foi afastada da função.

(DOL)