Na história do Remo, a torcida sempre teve papel de destaque. Foi através das arquibancadas que o Leão ganhou respeito nacional ao ser detentor de marcas históricas, como a maior média nacional das três divisões no ano de 2005.
Tamanha identificação não poderia ter outro resultado, senão o estreitamento deste relacionamento, que muitas vezes extrapola o estádio e avança para dentro do clube.
Os registros não nos deixam enganar. Na década de 1980, a Frente Azulina nasceu para auxiliar a administração do ex-presidente Dhélio Guilhon. Participaram desta geração nomes como Orlando Ruffeil e Antônio Carlos Teixeira. Hoje, Ruffeil é benemérito e historiador do clube, e “Tonhão” grande benemérito.
Mais adiante, na década seguinte, a Juventude Azulina surgia para fomentar uma nova geração de dirigentes, embora muitos deles não estejam mais no clube. Dali, surgiu o atual vice-presidente remista, Marco Antônio “Magnata”.
O número de ações promovidas por pessoas ligadas de alguma forma às arquibancadas não para. De 2004 para 2005, surge a Atar, comandada pelo benemérito Wilton Moreira.
Dez anos depois, chega a vez de a Assoremo entrar para o clube e sua história, incentivando outros movimentos semelhantes, todos com um mesmo propósito: ajudar o Remo. Tanta caridade, no entanto, desperta a dúvida se suas origens são exatamente influenciadas pelo sentimento do torcedor ou nascem da falta de compromisso das gestões.
Não há como provar, mas de fato, o Leão Azul, nunca antes na sua história, foi tão empurrado – por que não dizer também “carregado” – pela força de sua torcida que não suporta mais assistir o drama azulino.
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(Diário do Pará)
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