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Trânsito de Belém está à beira de um colapso

Leila Braga mora no Distrito de Icoaraci e precisa se deslocar diariamente para o centro de Belém, onde trabalha a partir das 8h da manhã. Há quatro anos, o trajeto feito de carro, que antes durava cerca de 30 minutos, hoje dura, em média, uma hora. O mo

Leila Braga mora no Distrito de Icoaraci e precisa se deslocar diariamente para o centro de Belém, onde trabalha a partir das 8h da manhã. Há quatro anos, o trajeto feito de carro, que antes durava cerca de 30 minutos, hoje dura, em média, uma hora.

O motivo é antigo: o velho engarrafamento que toma conta das principais vias de Belém na hora de pico. E como se não bastasse o transtorno na ida ao trabalho, Leila passa o mesmo sufoco na hora de voltar para casa, por volta das 18h.

O expediente se encerra e a servidora começa mais uma jornada de congestionamento e estresse que dura mais uma hora ou mais, de Belém até a Vila.

“Já pensei em mudar de bairro e até de largar o emprego e tentar outro mais perto de casa para ver se me livro desse transtorno”, diz ela.

O problema vivenciado por Leila afeta milhares de pessoas que trafegam no trânsito da Região Metropolitana de Belém. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), até o mês de outubro deste ano, Belém tinha uma frota de aproximadamente 211 mil carros, 95.528 motocicletas e 12.558 ônibus.

O excesso de veículos na rua, no entanto, não foi acompanhado de políticas planejadas para o trânsito da cidade, que sofre com a falta de mobilidade urbana. Na opinião da engenheira e especialista em trânsito, Patrícia Bitencourt Neves, o crescimento da frota está entre os principais fatores para o estrangulamento do trânsito vivenciado em Belém.

A consequência, segundo ela, é um cenário de vias congestionadas, falta de estacionamento, acidentes e poluição sonora. Mas o problema não é o único e está longe de ser solucionado.

“Falta planejamento com ações integradas de curto e longo prazo”, considera Patrícia.Concebido como solução para o engarrafamento na avenida Almirante Barroso, o BRT Belém (Bus Rapid Transit) não conseguiu ser operado da forma como foi pensado e se tornou um mero corredor de ônibus expresso que em nada tem a ver com o BRT de verdade. “O BRT foi feito a toque de caixa, mal operado porque nem foi implantado”, critica Patrícia.

Para ela, apesar da construção dos elevados no Entroncamento, o BRT de Belém continua sem funcionalidade, uma vez que se trata de uma obra isolada que precisa estar inserida em um projeto maior de mobilidade na cidade.

A engenheira esclarece que um BRT de verdade deve ter estações com linhas contínuas e espaço para ultrapassagem, assim como ter prioridade na via com embarque e desembarque no mesmo nível, além de ser monitorado por uma central de controle que anuncia o tempo de sua chegada em cada estação. Um BRT funcionando nestas condições amenizaria o tempo de permanência das pessoas no trânsito.

Em nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB) informou que ainda não existe sistema BRT em Belém e sim uma faixa exclusiva de ônibus expressos, inaugurada em 31 janeiro deste ano.

Sobre o planejamento e construção de vias alternativas a superintendência informou que a Prefeitura de Belém já realizou a pavimentação e sinalização de diversas vias, garantindo mais espaço para a circulação segura na cidade.

LEIA MAIS:

Zona azul e metrô entre as soluções

(Diário do Pará)

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