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Brasileiro mantém gasto com salão de beleza mesmo na pandemia

Além de manter um gasto médio por mês de R$ 90,40, os brasileiros também mantiveram uma frequência de idas aos salões de beleza em torno de uma vez a cada 30 dias em 2020, diz levantamento

Imagem ilustrativa da notícia Brasileiro mantém gasto com salão de beleza mesmo na pandemia camera Nilma Figueiredo e Patrícia Nobre | Irene Almeida

Assim como ocorreu com outros setores da economia, o da beleza também precisou se reinventar para conseguir se manter no mercado em meio à crise econômica acentuada por conta da pandemia do novo coronavírus. O esforço parece ter dado certo. Pelo menos é o que aponta um levantamento feito pelo Data Nubank que indica um gasto médio entre os brasileiros de R$ 90,40 por mês em salões de beleza em 2020 (veja mais no box).

Proprietária de salão de beleza, Nilma Figueiredo atua no setor há 17 anos e há pouco mais de um ano resolveu abrir seu próprio estabelecimento. “Abri o meu salão em dezembro de 2019 e, em março do ano seguinte, veio a pandemia. Foi muito difícil, especialmente durante a época do lockdown quando realmente não pudemos abrir. Precisei realmente me reinventar para conseguir me manter nesse mercado”, diz.

A primeira mudança estabelecida por ela para não sucumbir aos primeiros dias de pandemia foi estabelecer o atendimento de um número reduzido de clientes por vez, com hora marcada, além de adotar a sanitização profissional do ambiente. “E claro, passei a divulgar todas essas medidas nas nossas redes sociais para que as nossas clientes sentissem que aqui é um lugar seguro para vir cuidar da beleza”, conta.

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As mudanças exigiram alguns sacrifícios dela e de sua equipe para conseguir atender a demanda e cumprir com tudo o que foi estabelecido. “Funcionamos normalmente de segunda a sábado, das 9h às 20h, mas para conseguir fazer o atendimento de poucos clientes por vez e com horário agendado já cheguei a abrir o salão às 7h e fechar meia-noite. Além disso, toda semana preciso investir na sanitização que custa R$ 300. Posso dizer que 2020 foi um ano de desafios e de superação”, avalia.

Dessa forma, ela conseguiu manter os 11 colaboradores, que atuam em escala de revezamento, mesmo nos momentos mais difíceis, quando os salões não puderam abrir as portas. “Contei muito com o apoio dos meus clientes que ajudaram bastante e mesmo quando reabrimos não precisei baixar meus preços”, lembra.

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Foco

O estabelecimento tem como foco principal o alongamento de unhas, mas oferece uma gama de outros serviços que incluem ainda tratamento e escova de cabelo, maquiagem, depilação e alongamento de cílios, além de uma área dedicada a cursos para quem quer aprender um pouco mais. Em um cálculo rápido, Nilma arrisca dizer que cada cliente costuma gastar em média R$ 200 por mês no salão. “Varia bastante, mas posso dizer que conseguimos chegar a essa média, especialmente no serviço de unhas que é a nossa especialidade. Normalmente nossas clientes comparecem uma vez por semana e uma costuma indicar o serviço para outra e assim nos mantemos no mercado. Posso dizer que mesmo no confinamento as mulheres, principalmente, continuam sendo vaidosas e querem estar bonitas”, diz ela, que possui atualmente cerca de 50 clientes fixas no salão.

Uma dessas clientes é a advogada Patrícia Nobre, de 46 anos. Pelo menos duas vezes por semana ela vai ao salão. “Faço sempre as unhas, escova, sobrancelha e depilação”, diz.

Em média, a advogada afirma desembolsar cerca de R$ 500 por mês para cuidar da beleza no salão. “Acho importante porque faz bem para a autoestima, ainda mais no meu caso, trabalho muito com a minha imagem atendendo clientes e em audiências, acho fundamental estar bem. Para mim, não é um gasto e sim um investimento que inclusive já está incluso no meu orçamento mensal”, explica.

Para ela, se sentir segura no ambiente em relação a pandemia é parte fundamental nesse processo de embelezamento. “Escolhi continuar a vir neste salão porque sempre acompanho nas redes sociais o cuidado que a Nilma tem, fazendo a sanitização e atendendo a poucas clientes por vez. Nunca deixei de vir, apenas na época do lockdown mesmo, mas logo que os salões reabriram retornei à minha rotina de cuidados”, ressalta.

Levantamento

Os dados levantados pelo Data Nubank mostraram ainda que, além de manter um gasto médio por mês (mulheres R$ 110,40 e homens, R$ 67,10), os brasileiros também mantiveram uma frequência de idas aos salões de beleza, em torno de uma vez a cada 30 dias, tanto homens como mulheres.

Essa frequência foi fundamental para manter aquecido esse mercado, que representa hoje a maior parcela de Microempreendedor Individual (MEIs) no Brasil: 8,1% de todos os microempreendedores individuais atuam nessa área.

Para eles, o último ano trouxe muitas mudanças, inclusive por conta da mudança no perfil dos clientes, já que muitos por medo da pandemia optaram por serem atendidos em casa ao invés de irem até os salões ou então passaram a priorizar aqueles estabelecimentos com um número reduzido de clientes por vez.

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