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Entregadores convivem com os riscos no trânsito de Belém

Para realizar as entregas, sobretudo de alimentos, os entregadores por aplicativos trabalham nas ruas da capital por meio de bicicletas e motos e têm de enfrentar o caos que se tornou o trânsito em Belém

Está em liberdade provisória o motorista acusado de atropelar o motociclista Neuwton Souza da Silva, que trabalhava como entregador de lanches por aplicativo e morreu no acidente, que aconteceu no sábado (28), na avenida Pedro Miranda, bairro da Pedreira, em Belém.

Joelmir Costa foi solto no dia seguinte, e vai responder por homicídio culposo com agravo pelo uso de bebidas alcoólica. Até o momento em que a decisão judicial de soltura saiu, ele não havia pagado a fiança estipulada. Mas, no documento está previsto uma série de restrições em relação ao comportamento do acusado, entre elas não poder mais frequentar bar, nem portar armas e deverá se recolher em casa até às 22h. A reportagem não conseguiu contato com Joelmir, nem com seu advogado de defesa.

Por causa desta situação, os entregadores por APP fizeram uma manifestação no início da semana para pedir Justiça por causa da morte do colega de trabalho. Trabalhadores comentam o perigo que é fazer entregas na cidade, seja conduzindo uma bike ou uma motocicleta.

  • Entregadores fecham Almirante Barroso após morte de colega
  • O universitário Jeferson Casseb, 20, mora próximo ao bairro do 40 horas em Ananindeua, mas vai para o centro da capital para fazer entregas de lanches. É com o dinheiro que arrecada diariamente que ele consegue manter os estudos e ajudar a família. “Pedalo de 60 a 70 quilômetros todos os dias e não é fácil. Aqui no centro não tem ciclovias ou ciclofaixas e a gente precisa dividir a pista com os carros e ônibus”, comentou o rapaz, que cursa Licenciatura em Geografia.

META

Jeferson Casseb
📷 Jeferson Casseb |Octávio Cardoso

Ele tem uma meta pessoal de conseguir levantar a quantia de R$ 70 diariamente. “Para conseguir esse valor eu trabalho o dia todo. Até às 20h. Faça chuva ou faça sol”, pontuou. “Antes eu tinha um emprego, mas a jornada coincidia com o horário da faculdade. Para continuar os estudos precisei sair do emprego”, disse o rapaz.

Samira Lobato
📷 Samira Lobato |Octávio Cardoso

Samira Lobato, 18, começou a fazer entrega de lanches por aplicativo no início da pandemia do novo coronavírus. Precisava de renda e como a crise provocada pela Covid-19 impactou o mercado de trabalho, ela encontrou nos aplicativos de alimentos uma fonte de renda. “É o que eu tenho para o momento. Tenho alguns objetivos, entre eles pagar a faculdade de Direito”, contou, enquanto aguardava ser acionada para a próxima entrega. “É um trabalho de risco. Hoje mesmo um motorista de ônibus jogou o veículo em mim”, comentou.

”Aliás, o maior risco que a gente enfrenta é esse: sofrer acidente no trânsito”, Jhonathan Ataíde, entregador por APP
📷 ”Aliás, o maior risco que a gente enfrenta é esse: sofrer acidente no trânsito”, Jhonathan Ataíde, entregador por APP |Octávio Cardoso

Já Jhonathan Ataíde, 30, abriu mão do cargo de vendedor para trabalhar com APP. “Eu tinha um salário de quase R$ 2 mil, hoje eu tiro entre R$ 3.800 a R$ 4 mil por mim”, calculou.

Questionado sobre abrir mão de alguns direitos e benefícios, como plano de saúde que a empresa pagava e o recolhimento previdenciário, o entregador disse que também é microempreendedor individual e com isso paga o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Os aplicativos cobrem o seguro por acidente. Aliás, o maior risco que a gente enfrenta é esse: sofrer acidente no trânsito”, disse. A motocicleta que ele conduz é própria, consegue tirar o que gasta com combustível e fazer a manutenção do veículo com tranquilidade,diz o entregador.

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