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REVOLTA

Professores protestam contra retorno das aulas na rede pública de Belém

Educadores dizem que escolas não têm estrutura para receber os alunos de volta e nem garantem a segurança dos docentes contra o coronavírus. Eles ameaçam fazer greve. Mesmo assim, escolas voltaram a funcionar ontem

Imagem ilustrativa da notícia Professores protestam contra retorno das aulas na rede pública de Belém camera Enquanto professores protestavam em frente à Semec, escolas começavam a funcionar normalmente | Ricardo Amanajas/Diário do Pará

Professores da rede municipal de ensino de Belém realizaram um protesto na manhã de ontem (1º) em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação (Semec), na Avenida Governador José Malcher, bairro de Nazaré. O motivo da mobilização foi o retorno das aulas presenciais nas escolas municipais da capital, determinado pela gestão municipal. A categoria é contra a medida e denuncia o risco de contaminação pelo novo coronavírus nas instituições.

Munidos de vassouras, baldes, água e sabão em pó, os professores literalmente lavaram a calçada do local, como um ato simbólico de protesto contrário à gestão da Secretaria. A categoria também levou sal grosso, que foi arremessado em direção à entrada e garagem do prédio, e um banho de cheiro que foi exposto na calçada.

Durante o ato, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará (Sintepp - Belém), os professores acusaram a gestão da Semec de cometer assédio moral e, sobretudo, de falta de diálogo com a comunidade escolar. De acordo com coordenadora geral do Sintepp em Belém, Silvia Letícia, a entidade ingressou com uma ação na 5º Vara de Justiça solicitando que seja exigido da Semec a suspensão do retorno das aulas e a responsabilização sobre os problemas de contaminação nas escolas.

“Como a secretária (da Semec) não atendeu os ofícios do sindicato para reunir e discutir esse retorno, viemos aqui para alcançar a secretária para conversar e suspender as aulas, obedecendo o decreto estadual que prorrogou para o ano que vem a possibilidade desse retorno”, destacou Silvia, ao acrescentar que os professores podem decretar uma greve sanitária posteriormente.

ESTRUTURA

Professora da educação infantil, Maricele Carneiro, que atua na Escola Parque Bolonha, no bairro de Águas Lindas, disse que a escola funciona em um espaço improvisado, que não atende as necessidades da comunidade escolar. “Trabalhamos em prédios alugados e não construídos para realmente funcionar como escola. Não temos a questão do distanciamento social. São crianças pequenas e a gente sabe que são mais vulneráveis”, declarou.

Já a professora Taissa Barbosa, que atua na Escola Josino Viana, na Pedreira, explicou que alguns funcionários testaram positivo para a covid-19 após o retorno das aulas naquela instituição. “Tem um colega na nossa escola que em 15 dias perdeu a mãe e a esposa para a covid. Na escola percebemos que, com o retorno das aulas, os colegas foram se infectando. Teve professor que na semana seguinte já começou a apresentar sintomas e isso foi aumentando”, garantiu. “Não recebemos nenhum material, como álcool em gel, máscara. No meu caso que trabalho com a EJA temos jovens, adultos e idosos de risco”, reforçou.

Entre as escolas da rede municipal, a escola Manuela de Freitas, em São Brás, que atende do 1º ao nono ano do ensino fundamental, havia retomado as atividades presenciais na manhã de ontem. De acordo com uma secretária da instituição, somente os 4º, 5º, 8º e 9º anos estavam tendo aulas presenciais, atendendo 50% da capacidade das salas de aulas. As demais séries seguiam de forma remota. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) autoriza o retorno das atividades presenciais da educação infantil, na rede pública municipal, e do ensino fundamental e médio, da rede particular, até o próximo dia 15 deste mês, para conclusão do ano letivo. A Prefeitura de Belém destaca que acompanha, periodicamente, os casos da Covid-19 na capital.

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