Zenaldo Coutinho é acusado de perseguição religiosa

O prefeito Zenaldo Coutinho está sendo acusado de perseguição religiosa por pastores, fiéis e missionários da igreja Nações do Amor de Deus, localizada em Icoaraci. Segundo os integrantes o prefeito vem perseguindo a igreja desde o final de 2018 quando, num ato truculento e descabido, mandou destruir toda a calçada do templo, localizado na rua Siqueira Mendes, em frente ao trapiche das balsas, causando revolta e indignação de todos os moradores do distrito.

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Além de negar repetidas vezes a licença para a igreja funcionar, agora a Secretaria Municipal de Urbanisto (Seurb) quer embargar a obra de construção do templo que já está bem adiantada. A ação, segundo os frequentadores da igreja, é resultado de uma retaliação de Zenaldo Coutinho ao pastor Jean Nunes, que prega na igreja e se tornou desafeto político do prefeito de Belém.

Nunes, que também é empresário do ramo de coleta de resíduos em Belém e presta serviço para a prefeitura, fez campanha declarada em 2018 para o atual governador nos carros coletores de lixo da sua empresa, o que provocou ainda mais a cólera do prefeito.

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O pastor Josiel Ribeiro da Silva classifica o ato de Zenaldo Coutinho de intolerância religiosa e perseguição política porque o candidato apoiado pelo prefeito de Belém perdeu a eleição para o governo do Estado e a igreja apoiou e pediu publicamente votos para outro candidato, no caso Helder Barbalho, que acabou vencendo o pleito.

“Como ele não tem como atingir pessoalmente o pastor Jean Nunes se vinga na igreja. Primeiro mandou destruir a calçada logo após a última eleição alegando infração ao Código de Posturas, sendo que centenas de outras calçadas em Icoaraci estavam irregulares mas apenas a da frente da igreja foi destruída. Agora quer embargar a obra. Esse prefeito é um criminoso e vai responder judicialmente pelos seus atos”, diz o pastor.

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FISCAIS

Segundo ele, todas as normas legais e as solicitações feitas pela Seurb foram cumpridas mas, ainda assim, a prefeitura persegue a igreja. “Dia sim dia não um carro da Seurb estaciona aqui na porta com fiscais que ficam nos cobrando coisas absurdas e insistindo que a obra seja paralisada, mas não vamos nos abater e vamos até o fim para levantar nossa igreja e manter nossa obra que atende a milhares de pessoas”, garante Josiel Ribeiro. A reportagem do DIÁRIO entrou em contato com a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) para repercutir a questão mas até o fechamento desta edição nenhum posicionamento havia sido encaminhado.