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COVID-19

Coronavírus: Cuidados continuam fundamentais

Com a marca de cem mil vidas perdidas por causa da Covid-19, o Brasil continua em situação preocupante. E os protocolos de prevenção têm de ser seguidos para evitar contaminação, dizem profissionais da saúde

Imagem ilustrativa da notícia Coronavírus: Cuidados continuam fundamentais camera Os cuidados básicos ainda precisam ser mantidos. | Ricardo Amanajás/Ag. Pará

O Brasil chega ao sexto mês da pandemia do novo coronavírus com a marca de cem mil vidas perdidas e sem um norte ou uma estratégia de combate estabelecida por parte do Governo Federal, obrigando cada estado a, em português claro, se virar como pode, e torcer pelo sucesso de cada medida tomada. Se o Pará vive, já há algumas semanas, uma aparente situação de controle da doença, é preciso, segundo profissionais da área da saúde, não esquecer que o vírus não foi erradicado e seguir, por tempo indeterminado, todos os protocolos de prevenção.

“Essa conscientização individual é muito importante. A Covid-19 ainda existe, mas as pessoas estão indo para festa, shopping, piscina. Apontam o dedo para o gestor, seja municipal, estadual ou federal, mas não atentam para o que estão fazendo, para o próprio comportamento. Não é errado apontar, afinal, esses gestores têm uma tarefa durante a pandemia, mas é preciso tomar consciência também”, analisa a infectologista Helena Brígido. “Não é para relaxar. Mesmo que agora que a nossa situação seja menos crítica que a do sul e do sudeste, a gente passou por um sufoco muito grande”.

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SITUAÇÃO

Ela lembra que há pouco mais de dois meses havia pessoas morrendo em casa, fila de carros funerários no Instituto Médico Legal (IML), falta de vagas nos cemitérios e necrotérios de hospitais lotados. “Bem ou mal, algo foi feito [por parte dos governantes], até porque o Governo Federal disponibilizou recursos para a compra de remédios, equipamentos, criação de hospitais de campanha. Outros locais mudaram suas vocações para atender exclusivamente os contaminados, como foi o caso da Policlínica Metropolitana, do Hospital Regional Abelardo Santos, o Galileu, o Dom Zico, e ainda assim, não deram conta, porque o vírus tomou conta de tudo. Hoje a gente já vê pessoas sem máscara nas ruas, não se pensa no outro. Todos nós somos culpados dessa situação que vivemos”, lamenta Helena.

Alessandre Beltrão é presidente da Sociedade Paraense de Infectologia, e garante que toda e qualquer medida para salvar apenas uma pessoa que seja de contrair um vírus capaz de matar é de extrema valia. “Este ‘tudo’ se concentra especialmente no distanciamento social, uso de máscaras (de forma correta, ainda a todos, mas em especial aos não imunes) e higiene das mãos (a todos e sempre, independente de pandemia, como uma medida mais importante no combate a qualquer doença)”, reforça o médico.

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O infectologista compara o novo Coronavírus com a AIDS, que levou nove anos para contaminar cem mil pessoas, coisa que a Covid-19 fez em menos de seis meses somente no Brasil. “Uma catástrofe assistida diariamente em nosso país, e vejo que caminhamos de forma míope, e quiçá, desvantajosa a nos apequenar em discussões em vão, como sobre o uso das drogas mal indicadas. A questão, vejo, é muito maior. Perdemos a capacidade de realmente focar nas medidas efetivas de controle da epidemia. Que falta nos faz uma liderança nacional tipo um Osvaldo Cruz, um Emílio Ribas, um Carlos Chagas neste momento”, analisa Beltrão. “Com sua postura negacionista, vemos um presidente não plenamente aderente ao uso da máscara e ainda sem ter um ministro da saúde efetivo. Em alguns estados, impera o non sense, entre outros discursos de negação e de não valorização da ciência e da universidade”, resume.

Para Alessandre Beltrão, toda e qualquer medida para salvar apenas uma pessoa que seja de contrair o vírus é de extrema valia.
📷 Para Alessandre Beltrão, toda e qualquer medida para salvar apenas uma pessoa que seja de contrair o vírus é de extrema valia. |Divulgação

Diretor não acredita que uma vacina esteja disponível este ano

Diretor do Sindicato dos Médicos do Pará, Wilson Machado por pouco não perdeu a luta para o vírus, e chegou a ser transferido em Unidade de Terapia Intensiva aérea para São Paulo, onde chegou em situação grave. Ele não acredita que uma vacina esteja disponível este ano ou mesmo ano que vem, já que no histórico de descoberta de vacinas pelo mundo são anos até que os efeitos possam ser considerados seguros.

“Imunidade mesmo só se contaminando e se protegendo por um prazo de tempo que não sabemos qual é. Não devemos ter uma nova onda [em Belém], mas pode haver aumento dos casos pela exposição, mas não como em maio”, comenta. “O confinamento é relaxado porque é impossível se manter dentro de casa por tanto tempo, se não adoece por Covid, adoece de causas emocionais. Então os cuidados sanitários devem ser seguidos da forma como foram recomendados, e fiscalizados onde é possível, como nas mesas distantes umas das outras nos restaurantes, nas lanchonetes”.

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