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DA PERIFERIA PARA O MUNDO

Professora paraense é nomeada embaixadora da Teach the Future

Lília Melo é paraense, professora do bairro da Terra Firme, periferia de Belém e agora embaixadora da Teach the Future (TTF), uma vertente dos Estados Unidos que atua em diversas áreas no Brasil. A ideia é debater sobre o futurismo na educação, mas, princ

Imagem ilustrativa da notícia Professora paraense é nomeada embaixadora da Teach the Future camera Lilia já recebeu o prêmio nacional “Professores do Brasil”, pelo seu trabalho na escola Brigadeiro Fontenelle, na Terra Firme. | Wagner Santana/Diário do Pará

Lília Melo é paraense, professora do bairro da Terra Firme, periferia de Belém e agora embaixadora da Teach the Future (TTF), uma vertente dos Estados Unidos que atua em diversas áreas no Brasil.

A ideia é debater sobre o futurismo na educação, mas, principalmente, incluir a comunidade periférica.

Professora paraense é indicada a prêmio mundial

"O contexto da pandemia intensificou o processo do envolvimento da cultura digital em comunidades periféricas. Então, quando a gente pensa em futurismo, a gente tem que pensar para além do consumo dos aparatos tecnológicos e também da conexão, dos contextos e condições de conexão. É importante inclusive, se pautar dentro desse espaço, o aceso e essa dificuldade dentro dessas comunidades que faz com que haja uma solução criativa para o envolvimento dentro da temática ", destaca a professora.

Segundo Lília, o primeiro passo é entender como os jovens da periferia de escolas públicas estão se relacionando, entendendo e se percebendo dentro do processo, para trazer o debate para um futuro desejável.

"Quando a gente fala de aulas remotas, quando a gente fala sobre a questão dos sistemas, plataformas e o uso das metodologias ativas dentro dessas plataformas, a gente precisa entender primeiramente como é que jovens da periferia de escolas públicas estão", explica.

Uma outra importância do tema para dentro da educação, segundo a professora, é considerar a questão do afro-futurismo.

"Quando a gente para pra pensar sobre a nossa identidade sociocultural e sobre o sentido da nossa ancestralidade, a gente percebe que nossa tecnologia é social e ela vai para além desses usos. Então, quando a gente pensa na comunidade periférica, a gente entende que pela ausência de políticas públicas já há uma articulação coletiva para a solução dessas carências", ressalta.

Lília destaca que, antes mesmo de pensar nos equipamentos, é preciso compreender o uso deles. Segundo a professora, pensar nisso é ampliar o mercado de trabalho, no sentido que algumas profissões daqui há alguns anos não existirão mais.

"No entanto, a necessidade de se manipular dentro desse universo tecnológico de cultura digital abre espaço para outras profissões. O menino que faz uma rima, uma menina que dança dentro da quebrada pode transformar isso num produto audiovisual, que pode ser um instrumento de autossustentabilidade para sua arte. Então, é importante a gente inserir esse debate dentro das comunidades, dentro das escolas públicas e fazer com que meninos e meninas possam perceber o uso desses aparatos, mas de forma consciente para que sirva as suas demandas, as suas carências e que possa também perceber as soluções práticas da sua própria comunidade", explica.

Professora da Terra Firme que fez campanha para alunos é vencedora de prêmio nacional

A professora enfatiza ainda, que esse reconhecimento está diretamente ligado com a identidade sociocultural, com a importância de ancestralidade e com a questão de que o futuro, ele vai para além desse consumo tecnológico.

"O futuro está para o entendimento da relação harmônica que há entre esse consumo e a evolução da humanidade. Eu acho, inclusive, que o contexto de pandemia propõe essa reflexão do valor à vida. Então, não adianta ter somente acesso, não adianta estar conectado, mas é preciso saber o que se vai fazer quando se está conectado, quais são as comunidades que ficam dentro e as comunidades que ficam fora. Ser hoje intitulada uma embaixadora do Teach the Future é um desafio para que a gente possa atentar a sensibilidade para o debate do afro-futurismo dentro dessa questão do futurismo no Brasil", finaliza.

OUTRO PRÊMIO

Servidora efetiva da rede estadual de ensino, onde leciona na escola Brigadeiro Fontenelle, na Terra Firme, Lilia Melo venceu o prêmio nacional “Professores do Brasil”, do Ministério da Educação (MEC), que leva o mesmo critério de reconhecer o trabalho de professores de escolas públicas que dirigem projetos sociais em sala de aula.

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