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Com UPAs superlotadas, Hospital Abelardo Santos é o único refúgio na capital

Em menos de 24 horas, o Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS) atendeu 1.200 pessoas com sintomas de Covid-19 e síndrome respiratória aguda grave, na capital. Ontem, o local era praticamente a única unidade em que os moradores da Grande Belém podiam rec

Imagem ilustrativa da notícia Com UPAs superlotadas, Hospital Abelardo Santos é o único refúgio na capital camera Milhares de pessoas encontram no Abelardo Santos a única opção de atendimento na capital | Wagner Santana/Diário do Pará

Em menos de 24 horas, o Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS) atendeu 1.200 pessoas com sintomas de Covid-19 e síndrome respiratória aguda grave, na capital. Ontem, o local era praticamente a única unidade em que os moradores da Grande Belém podiam recorrer para conseguir atendimento de emergência de casos desta doença, que já provocou a morte de pelo menos 235 pessoas no Pará, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública. Quem procurou pelo serviço nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Prontos-Socorros Municipais deu com a cara na porta e foi orientado a procurar outros lugares ou o Abelardo Santos, em Icoaraci. Nem mesmo uma vítima de acidente leve de trânsito conseguiu ser atendida na UPA da Terra Firme.

O HRAS funciona como uma espécie de pronto-socorro para atendimentos exclusivos da infecção provocada pelo novo coronavírus, desde a última quinta-feira (30), por decisão do governador do Estado Helder Barbalho, que alterou o perfil do hospital para garantir que a poulação receba atendimento emergencial, já que a Saúde na capital vive um verdadeiro colapso.

Em comparação com a véspera, o movimento ontem era menor, apesar de intenso. De carro ou a pé, pacientes chegavam a todo minuto, muitos com aparência debilitada e falta de ar.

TRIAGEM

Enfermeiras e técnicas de enfermagem faziam a triagem de pacientes ainda no portão, verificavam a temperatura e com um oxímetro também mediam o nível de oxigênio no sangue das pessoas. Essa avaliação preliminar é importante para separar os casos mais graves dos leves e fazer o atendimento no menor tempo.

Familiares de pacientes ficavam na frente do hospital à espera de informações. No hospital entra somente um acompanhante. A dona de casa Vera Costa, 36, era uma das que aguardavam por informações. O pai dela tem 68 anos e estava há alguns dias com falta de ar, febre e cansaço. “A gente pensou em levar ele em outro lugar mais perto, mas vimos muita gente reclamar nas redes sociais que não conseguiam atendimento nas UPAs e viemos direto para cá”, disse.

A auxiliar de cozinha Joana Medeiros, 47, que apresentava sintomas leves da Covid-19, contou que foi bem atendida. “A moça aqui verificou a minha temperatura, estava com febre alta. Acho que em menos de 40 minutos eu já estava sendo consultada e medicada. O médico me deu a receita e recomendou isolamento em casa”, disse. Ela estava apoiada no filho, que não apresentava sintomas, mas também foi orientado a seguir isolamento em casa.

Enquanto os atendimentos no Hospital Abelardo Santos eram realizados, as pessoas que recorriam às UPAs de Belém peregrinavam para conseguir ajuda. A ciclista Antônia Alderlandia, 29, não apresentava sintomas de doenças respiratórias, mas procurou a UPA da Terra Firme após ter caído da bicicleta. “Eu ia sendo atropelada e para isso não acontecer me joguei no chão. O motorista do carro me viu cair, mas nada fez”, disse. “Mal consigo pisar no chão, meu pé está inchado e ferido”, ressaltou Antônia.

Ela queria que o médico avaliasse para saber se houve alguma torção e prescrevesse medicamento para o ferimento, mas foi informada que não tinha médico na unidade. Já na UPA Sacramenta houve interrupção no atendimento à tarde.

A equipe de plantão decidiu não receber novos pacientes para garantir o atendimento dos que já estão internados na unidade. “Hoje (ontem) conseguimos transferir quatro pacientes pela manhã, mas agora, à tarde, chegaram oito. Não temos mais como receber ninguém aqui”, disse um funcionário que não quis se identificar. Ele orientava aos usuários a procurarem outras unidades de saúde ou o Abelardo Santos.

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