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TRISTE PANORAMA

Mortes por Covid-19 no Pará duplicam a cada 4 dias

A velocidade de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil supera a registrada nos Estados Unidos e em países da Europa. Uma nota técnica produzida por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicada no Sistema Monitora Covid-19, mostra que o

Imagem ilustrativa da notícia Mortes por Covid-19 no Pará duplicam a cada 4 dias camera Em Belém, a rede municipal de saúde já não consegue mais atender a demanda de pacientes | Wagner Santana

A velocidade de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil supera a registrada nos Estados Unidos e em países da Europa. Uma nota técnica produzida por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicada no Sistema Monitora Covid-19, mostra que o registro de vítimas fatais decorrentes da doença tem dobrado a cada dois dias e já superou a evolução pandêmica dos locais com mais infectados no mundo. E de acordo com a Fiocruz, o Pará está entre os estados que seguem com tendência de crescimento acelerado no número de casos e óbitos.

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De acordo com os pesquisadores, esse fato está diretamente relacionado à quebra de medidas de isolamento social, quando comparado a outros países que tiveram comportamento similar em várias partes do mundo. Enquanto nos Estados Unidos a multiplicação de doentes é duplicada a cada seis dias, na parte mais afetada da Europa, isso ocorre a cada oito dias. “A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos. Por isso, o número de mortes está dobrando em um espaço de tempo menor”, declarou o epidemiologista Diego Xavier, um dos responsáveis pelo levantamento feito pela Fiocruz que revela efeitos e a velocidade da Covid-19 no Brasil.

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Já as mortes provocadas por Covid-19 têm dobrado, em média, num intervalo de cinco dias no Brasil. Nos Estados Unidos e no Equador, países com taxas altas de disseminação da epidemia, o intervalo para essa duplicação, em período similar, seria de seis dias. Na Itália e na Espanha, oito. No Pará, de acordo com observação feita pelos pesquisadores, os óbitos estão se duplicando a cada 4 dias enquanto os novos casos a cada 7 dias.

Observando o crescimento diário dos casos de Covid-19 nas semanas de 29 de março a 4 de abril, 5 a 11 de abril e 12 a 16 de abril, os cientistas apontam que a pandemia segue com alto crescimento no número de casos na região Norte, marcadamente no estado de Rondônia, e no Nordeste, onde se destacam os estados do Piauí, Alagoas e Ceará. Também é preocupante a situação dos estados do Pará, Amapá, Maranhão e Pernambuco, que seguem com tendência de crescimento acelerado no número de casos. Os dados mostram, por outro lado “uma aparente tendência à desaceleração do crescimento no número de casos nas regiões Sudeste e Sul”.

INTERIORIZAÇÃO

O epidemiologista Diego Xavier explica que os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia. “Isso porque, no caso do óbito, mesmo o diagnóstico que não foi feito durante a evolução clínica do paciente pode ser investigado. Além disso, a situação clínica do paciente que vem a óbito é mais evidente, quando comparada aos casos que podem ser assintomáticos e leves”.

A nota técnica também alerta para a interiorização da epidemia, que está chegando de forma acelerada aos municípios de menor porte do país. O DIÁRIO já havia antecipado o grave problema de interiorização em matéria publicada no dia 8 de abril. Dados da Fiocruz mostravam que Belém e Ananindeua continuavam sendo os principais focos de incidência de casos do coronavírus, mas a interiorização da doença já preocupava especialistas, principalmente nas regiões do Baixo Amazonas e no Sudeste do Pará.

Municípios

O estudo identificou os municípios com alta vulnerabilidade, a partir da situação epidemiológica considerada até o dia 30 de março. Além daqueles que já apresentavam grande incidência, os pesquisadores apontaram risco de transmissão sustentada e expansão de casos em Oriximiná, Conceição do Pará, Goianésia do Pará, Garrafão do Norte, Floresta do Araguaia, Faro, Eldorado do Carajás, Curuçá, Dom Eliseu, Concórdia do Pará, Curuá, Curralinho, Curionópolis e Cumaru do Norte.

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