Dezenas de moradores do bairro da Pratinha, em Belém, aproveitaram a manhã ensolarada do sábado (05) para fazer algo em prol da qualidade de vida da própria comunidade. Munido com pás, tintas, sprays e com o apoio da RenovaBR o grupo se concentrou na Praça Isa Cunha, na rodovia Arthur Bernardes, para transformar o espaço.
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Morador do bairro há 27 anos, o pintor industrial João Kleber Freitas, 40 anos, conta que a comunidade da Pratinha sempre sentiu necessidade de um espaço de lazer e convivência. Há 10 anos, a Praça Isa Cunha foi criada com esse objetivo. O problema é que, desde então, o local não recebeu a manutenção necessária e foi deteriorando com o tempo.
“Nós sempre esperamos por essa reforma, mas aí surgiu essa ideia de que somos capazes de melhorar o nosso próprio espaço através da mobilização popular”, aponta. “Hoje, vendo as pessoas da própria comunidade trabalhando, eu sinto que realmente é possível fazer acontecer”.
A ideia apontada por Kleber foi a defendida por três alunos da RenovaBR – iniciativa voltada para a formação de lideranças e de engajamento cívico. O professor Israel Athayde, e as empresárias Luciana Leal e Amarílis Aragão propuseram à comunidade da Pratinha que trabalhassem, juntos, para revitalizar a praça.
MOBILIZAÇÃO
A partir da atuação através das redes sociais foi possível mobilizar não apenas voluntários, como também obter o material necessário para os reparos. “Todo o material foi doado pela sociedade civil organizada através da mobilização e o mais interessante é que a própria comunidade é quem atua nessa revitalização”, aponta Luciana.
Outra moradora do bairro, a universitária Joyce Freitas, 37, conta que as ações em benefício da praça já vêm ocorrendo há alguns dias, com a limpeza e pintura dos muros por jovens da comunidade. No sábado, as ações se desenvolviam em torno da recuperação e pintura dos brinquedos, grafitagem dos muros, construção de uma quadra de areia, arrecadação de livros para a estruturação de uma biblioteca comunitária, etc.
Nascido e criado na Pratinha, o soldador e montador Sivaldo Cardoso, 70 anos, fez questão de deixar a sua própria contribuição para o espaço de lazer que se reconfigurava. “Eu estou com 70 anos, mas com a mão na massa, rebocando, para que a gente tenha uma praça melhor”, comentou.
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