Uma comissão comandada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e formada por 40 cientistas para descobrir o epicentro da pandemia da Covid-19 descartou, nesta terça-feira (9), que a origem tenha acontecido no mercado de frutos do mar de Huanan, cidade de Wuhan, na China.
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Os cientistas estão na cidade desde 14 de janeiro, onde a Sars-CoV-2 foi identificada pela primeira vez no final de 2019. As investigações apontam que, apesar dos primeiros casos de pneumonia de causa desconhecida relacionados ao local, pesquisas posteriores mostram que o novo coronavírus estava presente em outros mercados e em pessoas sem conexões com esses locais.
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Por exemplo, enquanto o primeiro contágio relatado no mercado na cidade de Wuhan ocorreu em 12 de dezembro de 2019, estudos comprovam que houve casos em 8 de dezembro em pacientes sem ligação com a feira.
OMS concede coletiva de imprensa em Wuhan pic.twitter.com/vB62zDDeLc
— CNN Brasil (@CNNBrasil) February 9, 2021
Vazamento de laboratório
O especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS e presidente da equipe de investigação, Ben Embarek, descartou também que o vírus tenha saído de um laboratório.
“É extremamente improvável”, disse, tendo em vista que em visitas a laboratórios da cidade e discussões com cientistas locais apontam que “o Sars-CoV-2 não estava sendo estudado na cidade, portanto não teria como ter ‘escapado’”.
Origem desconhecida
A comissão ainda investiga três hipóteses para a origem da pandemia: a primeira de que teria sido causada por uma espécie animal silvestre para um humano.
A segunda sendo uma introdução do vírus em um espécie intermediária, mais próxima dos humanos, na qual o patógeno circulou antes de ser transmitido aos homens.
E a terceira: a presença do patógeno em alimentos, principalmente congelados.
O hospedeiro animal original, entretanto, ainda não pôde ser definido e os estudos continuam.
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