O Secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, foi escolhido para ser o novo ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Ele deve ser nomeado ainda nesta sexta-feira (7). Renato, também empresário, foi denunciado por sonegação fiscal e responde a processo milionário na Justiça de São Paulo, que corre em sigilo.
O nome de Feder foi cotado para a pasta na última semana, logo após a saída de Abraham Weintraub do comando do ministério. O secretário, no entanto, foi preterido por Bolsonaro, que optou por chamar Carlos Alberto Decoletti – escolha da ala militar do governo. Decotelli teve a nomeação tornada sem efeito na última quarta-feira (1º) após vir a público que seu currículo tinha uma série de irregularidades, como um doutorado e um pós-doutorado que nunca existiram.
Feder é uma indicação do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), muito próximo aos partidos do bloco conhecido como Centrão.
ACUSAÇÕES
Renato e o sócio, Alexandre Ostrowiecki, que administram a empresa de informática Multilaser Industrial S.A., foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) em 2016 por uma fraude de R$ 3,2 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O processo está na segunda instância da Justiça de São Paulo e segue em fase de tramitação. Feder, em posicionamento oficial da empresa, afirmou que o processo é resultado de uma dívida que o governo paulista tem de R$ 95 milhões com a Multilaser, que venceu e não foi paga.
CURRÍCULO
Renato Feder é mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi professor da Educação de Jovens e Adultos, lecionou matemática por dez anos, além de ter sido diretor de escola por oito anos. Também foi assessor voluntário da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, além de ter atuado como empresário do setor de tecnologia.
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