Deiveson Figueiredo desembarca em Belém após ter mantido o cinturão do UFC

No UFC 256, no sábado da semana passada, Deiveson Figueiredo e o mexicano Brandon Moreno protagonizaram uma das melhores lutas de 2020, segundo os organizadores do UFC. Os dois empataram e o paraense manteve o cinturão dos pesos-moscas da organização. De imediato se falou em revanche. Ontem, ao voltar a Belém depois de quase dois meses em Las Vegas, Deiveson confirmou que espera voltar ao octógono diante do rival na metade do ano que vem. “Já conversamos sobre a revanche. Ela vai ser marcada para junho ou julho. Podem ter certeza que estarei bem preparado”.

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O tempo a mais para ambos descansarem e se prepararem tem uma razão. Os dois fizeram duas lutas com um intervalo de apenas 21 dias. Para Deiveson, aceitar defender seu título com tão pouco tempo teve um motivo bem prático: manter-se em alta dentro do UFC.

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“O que me levou a aceitar foi não deixar cair um evento importante, o penúltimo do ano. Eu tive que mostrar trabalho para ganhar moral com o patrão. Eu estava muito bem, mas a infecção intestinal na véspera da luta dificultou bastante”, observou o paraense, que comentou sobre a preparação nos Estados Unidos. “Tive uma dificuldade na preparação que meu adversário não teve. Treinei num espaço pequeno no hotel. Mesmo quando ia para a estrutura do UFC era com cuidado para ninguém me ver treinando”, contou o paraense.

CLIMA QUENTE

O clima entre Figueiredo e Moreno promete ser um dos grandes atrativos para o reencontro do ano que vem. O paraense deixou nas entrelinhas que teve a atuação comprometida por uma infecção intestinal dois dias antes do combate. “Lutei doente, mas provei a garra de um marajoara. Ele (Moreno) foi incrível e tenho todo o respeito por ele. Mas, pode ter certeza que ele tem que treinar bastante para a próxima, pois vou forte”, disse. O mexicano não encarou muito bem as declarações do adversário, classificando-as como desculpas por não ter vencido.

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Ao site “MMA Fighting”, Moreno afirmou: “São apenas desculpas. Para ser sincero, é muito normal. Não é engraçado, mas é normal. Eu tive duas lutas na companhia e eu me senti muito doente e fui lutar. Não disse nada na hora, porque são desculpas. Dana White não precisou ir ao meu quarto, colocar uma arma na minha cabeça e dizer: ‘você tem que lutar’. Não. É a minha responsabilidade. Se ele estava mal e não se sentia bem, por que aceitar a luta?”.

Deiveson deve voltar hoje a Soure para rever familiares. As festas de fim de ano foram utilizadas por ele para dar um recado de quem já sofreu com a Covid-19. “Muitas pessoas se foram por causa desse vírus está matando várias pessoas e vejo os jovens em festas, em baladas. O que tenho para falar é que eles têm que se cuidar e ficar em casa”.