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LITERATURA E POESIA

Mesa na Feira do Livro discute João de Jesus Paes Loureiro como pensador da Amazônia

No próximo domingo (25), às 16h, será realizada a mesa "Paes Loureiro, Pensador da Amazônia (poesia e ensaísmo)", durante a programação da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, no Hangar Centro de Convenções.Os responsáveis pela discussão ser

Imagem ilustrativa da notícia Mesa na Feira do Livro discute João de Jesus Paes Loureiro como pensador da Amazônia camera Assembleia Paraense

No próximo domingo (25), às 16h, será realizada a mesa "Paes Loureiro, Pensador da Amazônia (poesia e ensaísmo)", durante a programação da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, no Hangar Centro de Convenções.

Os responsáveis pela discussão serão os professores Relivaldo Pinho e Luís Heleno Montoril del Castillo, com mediação de Carlos Dias.

Segundo Relivaldo Pinho, “a obra de Paes Loureiro, em grandes linhas, pode ser dividida entre sua poética e seu trabalho teórico. Das primeiras poesias, das suas primeiras experiências literárias, passando por seus principais livros, com enfoque metafísico e/ou com enfoque mais determinante amazônico, sempre esteve, em maior ou menor medida, um alto grau de reflexão. É esta reflexão que fundamenta tanto seu trabalho poético – poético no sentido amplo –, quanto dá sentido amplo aos seus escritos ensaísticos, entrecruzando, decisivamente, esses dois âmbitos”.

Com o tema “A poesia como substrato do ensaio, o ensaio como corolário da poesia”, ele explica que “os ensaios de Paes Loureiro, como já demonstrei, funcionam como intertextos com seu trabalho poético. Nesse âmbito, há uma singularidade em seu trabalho. O professor, ensaísta, nunca se furtou em discutir as temáticas fundantes de seus escritos poéticos. E isso vai desde uma discussão fundamentalmente teórica sobre a linguagem, a palavra e o poético em si, até a relação entre os temas, formas e representações mais específicas de sua poesia. Isso ´pode ser percebido, por exemplo, em seus “Cantares amazônicos” que reúnem, os três livros mais propositalmente engajados sobre a Amazônia, passando pela sua discussão do estético em sua “Cultura amazônica: uma poética do imaginário”, até as suas últimas experiências poéticas com poemas mais curtos e de variadas temáticas.

A Belém 'pulp', de Edyr Augusto

Nesse entrecruzamento é que se pode dizer que não existem de maneira explicitamente clara uma superação entre os dois atos, o da teoria e da poesia. Não que eles devam ser reconhecidos como idênticos, mas sim que eles sejam vistos como um objeto prismático que, de uma única fonte, se irradiam várias representações”.

Doutor em Ciências Sociais e autor do livro "Mito e modernidade na ‘Trilogia amazônica’, de João de Jesus Paes Loureiro" (NAEA/UFPA, 2003), publicado pelo Prêmio NAEA de melhor tese e dissertação daquele ano, Pinho destaca ainda que utilizarei basicamente meu primeiro livro, “Mito e modernidade na Trilogia amazônica, de João de Jesus Paes Loureiro”, que fora a primeira obra sobre a literatura do escritor paraense, além de outras abordagens que fiz sobre seu trabalho, sejam em artigos para jornais e periódicos, ou no meu último livro “Antropologia e filosofia: experiência e estética na literatura e no cinema da Amazônia”.

Pinho também é autor de "Antropologia e filosofia: experiência e estética na literatura e no cinema da Amazônia" (ed.ufpa, 2015), publicado pelo Prêmio Benedito Nunes de Teses de Doutorado-UFPA; "Amazônia, cidade e cinema em ‘Um dia qualquer’ e ‘Ver-o-Peso’: ensaio" (IAP, 2012), publicado pelo prêmio Vicente Salles de melhor ensaio do antigo IAP; organizador do livro "Cinema na Amazônia: textos sobre exibição, produção e filmes" (CNPq, 2004). O professor também é autor do capítulo Clifford Geertz (1926-2006), do livro “Os antropólogos: clássicos das ciências sociais” (Vozes; PUC-RIO, 2015).

PAES LOUREIRO

João de Jesus Paes Loureiro é poeta, prosador e ensaísta. Professor de Estética e Arte, doutorou-se em Sociologia da Cultura na Sorbonne, em Paris, com a tese Cultura Amazônica: uma poética do imaginário. Dialogando com as principais fontes e correntes literárias da atualidade, Paes Loureiro realiza uma obra original, quase uma suma poética de compreensão sensível do mundo por meio das fontes amazônicas, em que o mito se revela como metáfora do real.

Sua obra Altar em Chamas, publicada pela Civilização Brasileira, obteve, em 1984, o prêmio nacional de poesia da APCA. Com o livro de poemas Romance das Três Flautas, edição bilíngue português/alemão, da Roswitha Kempf Editora, em 1987, foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti deste ano. Tem obras traduzidas na França, Alemanha, Itália, Japão e publicação, também, em Portugal. Suas obras mais recentes são: Pássaros da Terra (teatro), 1999; Obras Reunidas (4 volumes), 2000; Do Coração e suas amarras (2001); Fragmento/Movimento, 2003 e Água da Fonte, 2006, todos pela Escrituras Editora; e Au-delà du méandre de ce fleuve, 2002, Acte-Sud, França.

A Itália e um Pub na Amazônia

Sobre o autor, Relivaldo Pinho afirma que “sua importância é incontestável. E como podemos perceber isso? Dificilmente se pode falar sobre a representação ficcional e discursiva sobre a Amazônia sem passar por Loureiro, independente da perspectiva que a análise possa dar. Tanto do ponto de vista literário, como do ponto de vista teórico – uma junção não muito comum – sua obra é incontornável. Uma de suas características mais importantes dessa obra está, ao contrário do que se pode pensar de modo apressado, a universalização de sua percepção da região e de seu imaginário”.

É ainda o pesquisador que enfatiza: “como diz Ernani Chaves no prefácio do meu primeiro livro, “sua poesia, tal qual seu trabalho teórico, se constitui hoje, como uma das peças mais importantes no conjunto de reflexões sobre nossa região”, finaliza.

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