Polícia já identificou suspeitos de matar guarda

A Polícia Civil (PC) informou que a Divisão de Homicídios, responsável pelas investigações da morte do guarda municipal Wellisson Carneiro Figueiredo, 30 anos, assassinado na tarde da segunda-feira (09), na Escola Municipal Walter Leite Caminha, no bairro do Mangueirão, em Belém, trabalha com três nomes de suspeitos de envolvimento no crime. Os suspeitos, no entanto, até o momento não foram localizados.

Ainda de acordo com a PC, os policiais buscam imagens de câmeras de segurança no entorno da escola, já que o sistema de câmeras da escola não estava em funcionamento.

O corpo do guarda municipal foi liberado do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves por volta de 12h15 desta terça-feira (10). O corpo deve ser velado na Igreja dos Capuchinhos e sepultado no município de São João da Ponta, região nordeste do Estado.

O caso

Por causa da arma que usava em serviço, uma pistola calibre Ponto 40, o guarda municipal foi morto com cinco tiros, ontem (9), na Escola Municipal Walter Leite Caminha, no conjunto Catalina, bairro do Mangueirão, em Belém.

Os suspeitos chegaram ao local em um carro Fiat Palio, de cor vermelha, e invadiram a unidade para roubar a arma do agente, que foi pego de surpresa e atingido pelos criminosos.

Wellinson completaria seis anos de farda no próximo dia 1º de fevereiro e foi mais uma vítima da violência que não poupa ninguém no Pará. Ele atuava na escola Walter Leite há cerca de um mês.

Os portões da escola estavam abertos por causa do período de matrículas e ninguém soube informar se havia porteiro quando os assaltantes chegaram.

No momento do crime, Wellinson tinha ido até o seu carro e foi surpreendido pelo atirador, que já teria chegado disparando contra ele. O veículo estava distante cerca de 5 metros do portão de entrada.

Um dos homens envolvidos no crime ficou no carro e outros dois entraram na escola e mataram Wellinson. Foto: Celso Rodrigues

Ferido, o guarda caiu ali mesmo, ao lado do carro. O outro guarda municipal, que estava de serviço, se encontrava em outro pavilhão. Ele estaria em horário de descanso e por isso não pôde ajudar o colega.

Quando correu para verificar o que tinha acontecido, Wellinson já estava morto e a arma dele já tinha sido roubada. O guarda usava colete à prova de balas, porém, a bala perfurou e atingiu o peito do guarda municipal.

A perícia criminal identificou que o guarda municipal levou 5 tiros que atingiram a cabeça, o ombro e a mão direita da vítima. "O ferimento na mão indicou a tentativa de defesa", disse a perita Gil Pacheco, da Polícia Civil.

Segundo o aspirante oficial da PM Mauro Ribeiro, do 24º Batalhão de Policiamento Militar, os assaltantes circularam pelo quarteirão da escola antes do crime. Chegaram inclusive a entrar na unidade. "Estamos verificando todas as imagens para mapear a rota feita pelos suspeitos depois que saíram daqui", pontuou o policial.

(DOL e Diário do Pará/Denilson D'Almeida)