Atleta pode ter sido morto por grupo de extermínio

A morte de Kayo Nixon Gomes, 16 anos, que jogava no Clube do Remo, segue repercutindo nacionalmente. De acordo com o portal UOL, a família e testemunhas disseram que o meia-atacante foi morto por homens armados e encapuzados, que perseguiam um suposto criminoso no bairro da Pedreira, em Belém.

Uma testemunha ouvida pela reportagem, que estava jogando futebol com Kayo antes do homicídio, afirmou que ele não foi morto "por engano". "Os mascarados atiraram nele por crueldade, porque ele repetia que era inocente, que não tinha feito nada", disse a testemunha de 21 anos.

Testemunhas disseram, sem se identificar por medo de represálias, que esses grupos são formados por "uma mistura de tudo", por "vagabundo, polícia e traficante".

Na manhã desta quarta-feira (16), a Polícia Civil informou ao DOL que o inquérito segue na Seccional da Pedreira. O delegado Edimilson Faro já ouviu alguns depoimentos e fez buscas na área do crime atrás de novas testemunhas e de possíveis câmeras de seguranca que tenham flagrado a ação.

A polícia informou ainda que está tentando localizar a pessoa que seria o alvo dos criminosos que teriam matado o jogador por engano, segundo versão inicialmente repassada à Polícia.

Protesto

Está previsto para as 15h desta quarta-feira (16) um ato em protesto contra a morte de Kayo. De acordo com seu pai, James Nixon, familiares, colegas e amigos devem sair em caminhada da casa onde o jovem morava, na avenida Pedro Miranda, até o Colégio Salesiano do Trabalho, onde ele cursava o 2º ano do Ensino Médio e, sem seguida, podem interditar o cruzamento da avenida Pedro Miranda com a travessa Lomas Valentina.

Perfil

Kayo, descrito pelos que o conheceram com um garoto gentil, inteligente, "sem nenhum problema com a polícia" e "sem nunca ter nem repetido de ano", estava havia cinco meses na categoria sub-17 do Remo. Dos 13 anos aos 15, ele atuou pela base do Paysandu.

(Com informações do portal UOL)