Suspeito de agredir jovem deve ser indiciado

Um mês após a jovem Myriam Ruth, 22 anos, estudante do curso de Medicina em uma instituição de ensino particular, ter sido agredida por um lutador de Jiu Jitsu, identificado como Airton Carneiro, durante uma festa no Toca Restô Bar, localizado na avenida Braz de Aguiar, no bairro de Nazaré, área nobre de Belém, o inquérito ainda não foi concluído pela Polícia Civil. O caso aconteceu no dia 10 de abril deste ano.

O advogado Tiago Brito, advogado de defesa de Airton Carneiro Filho, apresentou ao DOL a versão de seu cliente sobre o suposto caso de violência. O caso repercutiu na internet.

De acordo com informações da Polícia Civil, passadas ao DOL na tarde desta sexta-feira (13), o relatório está em fase conclusiva, sob responsabilidade da delegada Lena Valente, e será finalizado até a próxima quarta-feira (18). Airton deve ser indiciado por lesão corporal.

A polícia afirmou ainda que todas as perícias e depoimentos necessários foram colhidos. O relatório será enviado para a Justiça, onde será aguardada a decisão do juiz.

Em entrevista ao DOL, a vítima contou como se sente um mês após o caso. “Até hoje frequento psicólogo e psiquiatra. Tenho medo, pois a gente sai de casa e não sabe o que pode acontecer. Fui prejudicada nas minhas aulas, pois voltei para a faculdade umas três semanas após o que aconteceu. E, depois disso, não estou frequentando festas”, diz Myriam, sem dar muitos detalhes.

Já o advogado da vítima, Walmir Brelaz, acredita no indiciamento do acusado. “Nós não temos dúvidas que ele vai ser indiciado pelo crime de lesão corporal grave, até mesmo porque através de nota ele assumiu que agrediu a Myriam, apens justificou que foi porque ela o ofendeu. Porém não tem justificativa para o que ele fez”.

Walmir Brelaz afirma ainda que não ficaram dúvidas sobre o caso. “As testemunhas confirmaram que ele bateu nela. Ela ficou muito abalada psicologicamente e fisicamente. Nós anexamos os laudos dos médicos que comprovam isso. Esperamos que o Ministério Público apresente a denúncia e vamos acompanhar de perto até o julgamento”.

Ele detalha ainda que “assim que sair o relatório vamos ingressar na esfera civil por danos morais, pelos danos que ele causou a ela”.

O DOL tentou contato com o advogado de Airton Carneiro, por telefone e pelo WhatsApp, porém, até a publicação da reportagem, as ligações e mensagens não foram atendidas e respondidas. A reportagem ligou ainda para o acusado, que atendeu a ligação e disse que iria entrar em contato com o advogado. Logo depois não atendeu mais as ligações.

(Ana Paula Azevedo/DOL)