A comissão de sindicância formada para apurar a fraude no Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb), na Operação Hígia, encerrou no final da manhã desta sexta-feira (29) o mandado de busca e apreensão no órgão, localizado na travessa Enéas Pinheiro, entre as avenidas Almirante Barroso e João Paulo II. De acordo com o promotor de justiça Nelson Pereira Medrado, que atua na promotoria de Direitos Constitucionais Fundamentais, Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, pelo menos R$ 600 mil foram desviados.
A fraude foi detectada no setor de informática do Ipamb, onde o principal suspeito era o diretor do setor, Renato Spinelli, que era responsável de atestar que as cobranças que chegavam no Instituto corresponderiam aos arquivos.
"Já colhemos as provas e já temos a informação que as compras feitas por alguns servidores foram apagadas do sistema, ou seja, o Ipamb repassava o dinheiro para as farmácias, mas não conseguiam o ressarcimento dos servidores, e esses servidores aumentavam a margem possibilitando compras de até 100 mil reais", explicou Medrado.
"Todas as compras eram arquivadas em sequência, e nos computadores não aparecem algumas dessas, o que indica que pode ter sido apagadas. Alguns funcionários ouvidos hoje nos informaram que houve uma pane nos computadores, mas iremos periciar as máquinas para atestar o que realmente aconteceu, saber o motivo desses dados serem apagados", completou.
Ainda de acordo com Nelson Medrado, a maior parte das compras eram de computadores, celulares e materiais de informática. As fraudes encerraram em março deste ano, mas ainda não há confirmação de quando iniciaram.
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(DOL)
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