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POLÍCIA

Acusados de matar garota dão versões parecidas

Dor e revolta. Era este o sentimento de moradores da comunidade de “Araticu” no município de Barcarena na região do Baixo Tocantins após tomarem conhecimento do assassinato, com requintes de crueldade, que vitimou a adolescente, de 14 anos, desaparecid

Dor e revolta. Era este o sentimento de moradores da comunidade de “Araticu” no município de Barcarena na região do Baixo Tocantins após tomarem conhecimento do assassinato, com requintes de crueldade, que vitimou a adolescente, de 14 anos, desaparecida há cinco dias, após ter deixado uma irmã de 12 anos na escola na comunidade “Araticu”, em Barcarena. Segundo os peritos que examinaram o corpo, trata-se de um crime bárbaro.

Os dois acusados de ter assassinado a adolescente Daiane do Carmo Macedo foram apresentados ontem à Divisão de Homicídios. Raimundo Alves da Costa, 36 anos, e Rosivan Martins da Rocha, 47 anos, foram trazidos a Belém, após serem apontados como autores do crime. Rosivan e Raimundo trabalhavam juntos em uma carvoaria em Barcarena. Rosivan era padrasto da vítima e Raimundo apenas amigo da família.

Conforme as informações repassadas pela Polícia Civil, Daiane estava desaparecida desde o dia 18 de junho, quando o inquérito de desaparecimento foi registrado na Delegacia de Barcarena. “A mãe da jovem registrou o sumiço da menina. E quase uma semana depois foi encontrar o corpo dela”, contou o escrivão Flávio Trindade.

As versões contadas pelos acusados são bem parecidas, o que muda é apenas o personagem principal do crime. “Eu só vi quando ele me chamou dentro da casa e me mostrou que tinha matado a menina. Depois me ameaçou com o terçado e disse para eu ajudar a amarrar na árvore. Só amarrei o pé e fui embora. Meu erro foi não ter chamado a polícia e nem ter contado para a mãe dela”, disse Rosivan.

Já Raimundo também diz se arrepender de não ter chamado a polícia. “Eu vi de longe ele amarrando ela na árvore. Não entendi porque ele fez isso. Mas eu não chamei a polícia por medo. Se tivesse avisado, eu não estaria aqui”, falou.

Há algumas semanas, Rosivan foi preso em Barcarena por ter tentado abusar da enteada e Raimundo foi acusado de já ter tentado um envolvimento afetivo com a menina, mas nunca bem sucedido. A mãe da menina, estava na Divisão de Homicídios, mas não quis conversar com o DIÁRIO.

O caso continuará sendo investigado pela Divisão de Homicídios, comandada pelo delegado Vicente Ferreira Gomes, que foi até Barcarena na tarde de ontem visitar o local do crime para coletar materiais para perícia. O laudo do crime deve ser finalizado num prazo de 10 a 15 dias.

A vítima já havia acusado do padrasto de assédio

O caso começou a ganhar repercussão no meio da semana, quando o pai da adolescente, procurou o repórter Carlos Baia, da rádio FM Metropolitana de Barcarena, pedindo apoio para localizar a filha que não tinha motivos para desaparecer bruscamente. “Fizemos várias incursões nas matas da comunidade com ajuda de pessoas que conhecem a região e do próprio pai da menina”, disse o repórter Carlos Baia.

O caso foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Barcarena e, de posse de informações, o delegado Maurício de Menezes Pires instaurou inquérito policial ouvindo o padrasto da menina, Rosivan, que inicialmente negou as acusações de ter assediado a jovem, na tentativa de manter relações sexuais. O delegado ouviu várias pessoas da comunidade e, como não havia indícios contra o padastro, o ouviu e liberou, aguardando o resultado das investigações e o possível aparecimento da garota.

Um dia após o desaparecimento, moradores encontraram, parte da roupa que a adolescente vestia no dia do desaparecimento, a bicicleta que ela usou para levar a irmã à escola e, mais na frente, um terçado pertencente ao padrasto, em um caminho um pouco distante do local de onde foi finalmente encontrado o corpo, na manhã de sábado (23).

O depoimento mais comprometedor, ainda na instauração do inquérito, veio da avó da menina. Ela disse ao delegado Maurício que tempos atrás chegaram a sua casa no ramal do Igarapé-Açu as netas, cada qual com uma sacola com roupas, dizendo que iriam morar com a avó.

Indagadas sobre o motivo, as meninas disseram que saíram da casa da mãe porque não aguentavam mais as tentativas de abuso do padrasto, Rosimar. A avó, em depoimento exclusivo a que o DIÁRIO teve acesso, disse que o padrasto vivia insistindo com a menina para que ela lhe servisse sexualmente e, como a jovem não aceitava, ele a apalpava. (Diário do Pará)

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