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CINQUENTA TONS DE CINZA

Advogado envia por engano contrato de submissão sexual para Tribunal de Justiça

O que era para ser apenas um processo de pedido de indenização por danos morais contra uma seguradora acabou causando uma grande confusão e constrangimento. Um advogado de Cuiabá, no Mato Grosso, enviou sem querer, um contrato de submissão sexual com uma

Imagem ilustrativa da notícia Advogado envia por engano contrato de submissão sexual para Tribunal de Justiça camera No documento, a submissa iria servir e obedecer ao dominador, sem direito de questionar ou hesitar o "prazer sexual" que ele solicitasse. | Reprodução

O que era para ser apenas um processo de pedido de indenização por danos morais contra uma seguradora acabou causando uma grande confusão e constrangimento. Um advogado de Cuiabá, no Mato Grosso, enviou sem querer, um contrato de submissão sexual com uma cliente para o Tribunal de Justiça (TJ-MT). O caso acabou viralizando nas redes sociais.

Inspirado talvez pelo filme Cinquenta Tons de Cinza, que é baseado no livro da autora E.L. James, o brasileiro redigiu um documento onde estabelece um acordo com a cliente e propõe normas para a relação entre "submissa" e "dominador".

"O propósito fundamental do presente contrato é permitir à submissa explorar de maneira segura sua sensualidade e seus limites, respeitando e considerando devidamente suas necessidades, seus limites e seu bem-estar", diz um trecho do documento.

O contrato foi assinado no dia 7 de outubro de 2019 e teve 3 meses de vigência. O processo, deixa aberto a possibilidade de extensão do acordo, que pode estar sujeito a ajustes dos termos após discussão entre submissa e dominador.

O documento prevê também que a submissa sirva e obedeça ao dominador, sem direito de questionar ou hesitar o "prazer sexual" que ele solicitar, que começava a valer nas noites de sexta-feira até as tardes de domingo. O dominador, por outro lado, tinha o direito de controlar, dominar, disciplinar e ter a mulher como sua propriedade durante a vigência.

"A submissa sempre se conduzirá de maneira respeitosa para com o dominador e só se dirigirá a ele como senhor, Sr. Grey, ou outra forma de tratamento que o Dominador indicar", diz um dos artigos, em referência ao nome do protagonista do romance.

Após a assinatura do contrato, a cliente aceitou ser açoitada, espancada, chicoteada e castigada fisicamente, por disciplina, prazer ou "qualquer outra razão". No contrato também estava explícito o uso de objetos como algemas e amarras por longos períodos. Atos que apresentavam riscos sérios como à vida foram proibidos no contrato.

Códigos para situações desconfortáveis também foram criados. A palavra "amarelo", por exemplo, servia para informar que a cliente havia chegado perto de seu limite suportável. O "vermelho" indicava que a mulher não iria suportar qualquer outra exigência e que o ato deveria ser encerrado.

Confira um trecho do contrato:

Trecho do contrato enviado por engano cita personagem de 50 Tons de Cinza - Reprodução

O caso seguem em investigação. A presidente da Comissão do Direito da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Clarissa Lopes Dias, informou que a diretoria da OAB-MT está investigando e analisando o caso, e disse que esse era o primeiro do tipo que a atual gestão toma conhecimento.

Ainda segundo ela, como os fatos ainda são recentes, a OAB-MT ainda avalia se houve qualquer indício de infração ou violação ao Código de Ética e Disciplina. Clarissa explicou também que ainda é muito precoce afirmar que o advogado pode ser condenado.

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