A partir de 2019, algumas unidades de medidas básicas deixarão de ser o que eram antes. Elas foram redefinidas na última sexta-feira (16), em Paris, pela Conferência Geral sobre Pesos e Medidas (CGPM). É a maior revisão do Sistema Internacional de Unidades (SI), desde sua criação, em 1960.
O objetivo da mudança é relacionar as unidades a constantes fundamentais e não arbitrarias.
Entre as unidades que sofrerão a redefinição, está o famoso quilograma (Kg).
Atualmente, o “quilo” é definido por uma massa de um cilindro de 4 centímetros de platina e irídio fabricado em Londres. A peça está guardada pelo Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) em um cofre na França, desde 1889.
Porém, esse quilo original já perdeu cerca de 50 microgramas. Isso ocorre porque, durante mais de 100 anos, o objeto foi perdendo átomos ou absorvendo moléculas do ar, o que influencia no seu peso.
Como todas as balanças do mundo são graduadas de acordo com esse quilo original, acabam gerando dados incorretos.
As diferenças são imperceptíveis para a vida cotidiana, mas são de exímia importância em cálculos científicos que exigem extrema precisão.
A nova unidade será medida através de uma balança chamada Kibble, que permite comparar energia mecânica (peso, por exemplo) com a eletromagnética.
O sistema funciona como um imã eletromagnético, que tem seu poder de atração definido por correntes elétricas. A força que o imã exerce está ligada diretamente ao peso do objeto que está conectado a ele.
A quantidade de energia elétrica necessária para neutralizar a força do objeto definirá a nova unidade de peso.
Entre as outras unidades que serão redefinidas, junto ao quilograma, são o kelvin, ampere e mol.
As novas medidas entrarão em vigor a partir de maio de 2019.
(Com informações de UOL)
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