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PRISÃO DE VENTRE

Saiba quantos quilos de cocô o corpo consegue "guardar"

Entenda os limites do corpo humano quando há um quadro de constipação intestinal.

Imagem ilustrativa da notícia Saiba quantos quilos de cocô o corpo consegue "guardar" camera Dor abdominal é uma das características de quem sofre de prisão de ventre | Reprodução/Freepik

Apesar do corpo humano ser considerado uma "máquina quase perfeita", por vezes algo no organismo acaba desregulado. É o que acontece quando a prisão de ventre se manifesta, onde o incômodo abdominal, a sensação de empachamento e até o mau humor fazem parte das características deste distúrbio.

A dificuldade em ir ao banheiro, mesmo com uma grande vontade, faz parte da rotina de quem sofre de prisão de ventre, também conhecida como constipação intestinal.

As pessoas que convivem com o intestino preso geralmente precisam fazer muita força para liberar o cocô e frequentemente vão ao banheiro mais de uma vez para eliminar toda a quantidade de fezes.

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Outra característica da prisão de ventre é a aparência das excretas: elas costumam ser ressecadas, arredondadas (em formato de bolinhas) e/ou endurecidas.

Junto com esta explicação, também surgem algumas questões, como: "quanto cocô é produzido pelo nosso corpo?"; "o que acontece se deixarmos de fazer cocô?"; e "quanto cocô o intestino consegue 'guardar' em casos como esses?". Descubra as respostas logo abaixo.

Quanto cocô nosso corpo produz por dia?

De acordo com Daniel Baptista, médico gastroenterologista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, o ser humano produz, em média, 150 a 200 gramas de fezes todos os dias.

"Em média" porque, claro, essa quantidade pode variar de acordo com o volume de comida ingerido nas refeições. Beber mais água também faz o cocô crescer, já que ele é composto por 75% dela.

Por outro lado, mesmo sem comer nada, o cocô ainda será produzido, já que ele serve para eliminar outras substâncias além dos restos de alimento.

Além de restos digeridos, como a celulose, as fezes são formadas por restos de células, bactérias mortas e secreções usadas na digestão, como o suco gástrico, o suco pancreático e a bile, produzida no fígado.

Todo o cocô vai sendo levado pelo intestino até a sua porção final, chamada de reto e que tem cerca de 15 centímetros.

Com mais ou menos 30 gramas de fezes, existe um sinal para o cérebro de que é a hora de ir ao banheiro —é quando a vontade de fazer cocô vem.

O que acontece quando não fazemos cocô?

Para começar, o mau humor é real: mais de 90% da serotonina, um neurotransmissor que atua na regulação das nossas emoções, é produzida no intestino.

Isso significa que qualquer desequilíbrio no órgão tem o potencial de afetar a saúde mental —a ponto de alguns médicos ligarem a constipação a problemas como ansiedade e depressão.

Além disso, o desconforto físico também causa estresse (físico e mental). Os principais sintomas são:

- Distensão abdominal;

- Cólicas;

- Ao fazer cocô, ele sai com dificuldade e provoca fissuras;

- Dor na hora da saída do cocô.

Quando as fezes não são eliminadas no tempo certo e se acumulam no intestino, elas podem formar uma massa endurecida chamada de fecaloma, que vai dificultar ainda mais a saída do cocô.

"Quando o indivíduo fica mais de 10 dias sem evacuar, as fezes ressecam dentro do intestino e se tornam rígidas", afirma Antonio Guilherme Melo e Silva Guimarães, gastroenterologista de Marabá.

Nesses casos, as fezes precisam ser removidas com ajuda de laxantes (via oral ou retal) ou aplicando medicamentos para dissolver o cocô por via endoscópica.

"Mas existe ainda o risco de, em casos extremos, o paciente precisar de uma cirurgia para fazer a desobstrução e retirar parte do intestino", alerta Guimarães.

Quanto de cocô o intestino consegue armazenar?

Embora não exista um consenso médico, a literatura especializada tem alguns registros de pessoas que armazenaram quilos (sim, quilos!) de cocô dentro do corpo.

Uma dessas histórias ocorreu em 2017, na China, quando um homem precisou remover parte do intestino após o acúmulo de nada menos que 28 libras (cerca de 12,7 quilos) de fezes no órgão.

Felizmente, o caso é uma raridade: o paciente em questão sofre de uma condição chamada doença de Hirschsprung, também conhecida como megacólon congênito.

O problema é caracterizado por uma falta de inervação do intestino grosso (que inclui aí o cólon), geralmente em sua porção final, impedindo que as contrações para eliminar as fezes ocorram —o que causa seu acúmulo.

Nesses casos, assim como ocorreu com o paciente chinês, é preciso remover a parte problemática do órgão e reconstruir o intestino para que ele volte a ser funcional.

Vale ressaltar que o normal do ser humano é fazer cocô entre três vezes por dia ou por semana. Qualquer frequência que seja destoante desta média, pode ser motivo de preocupação. Logo, o ideal seria busca ajuda profissional.

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