Moradores do Castanheira estão desesperados: dez dias sem água e nenhuma resposta

Desesperados e humilhados. Assim se sentem os moradores do conjunto Gleba III, no bairro Castanheira, em Belém. Os cidadãos estão há dez dias sem água, e a falta de qualquer tipo de resposta da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) faz com que a população se sinta violada pelo próprio Governo do Estado.

Já sem esperanças sobre uma resposta da Cosanpa, tampouco sobre a data em que o problema será resolvido, os moradores tentam conseguir água do jeito que podem. Muitos vão a casa de familiares em outros bairros encher baldes com água, alguns pedem para vizinhos que possuem poços, outros dependem dos pingos que as torneiras dão em determinados momentos "de sorte". Assim se vão oito dias.

Um dos moradores, que pediu para não ser identificado, contou um pouco sobre a gravidade da situação, e como tem feito para tentar viver durante esse período.

“Pela manhã aproveito o pouco de água que dá na minha torneira, só no piso de baixo. Mas na maioria das vezes vou a casa de familiares em outros bairros para encher baldes. Esses baldes servem para lavar roupa, louça, tomar banho e etc”, conta.

Outro morador diz que está há pelo menos seis dias tentando contato com a Cosanpa, mas sem sucesso. As mensagens nos canais da companhia nas redes sociais são visualizadas, mas não respondidas, o que revolta ainda mais a população.

“Os canais da Cosanpa no Whatsapp e no Facebook são feitos pra gente desistir de tentar falar com eles. Cada mensagem que enviamos recebe como resposta uma mensagem automática, com inúmeras opções. Demora muito para preenchermos tudo isso, e quando conseguimos, eles não respondem”, diz mais um dos moradores afetados.

Na manhã desta quarta-feira (28), a Cosanpa informou que devido um problema em umas das bombas da Estação de Tratamento do Bolonha para a zona de expansão, o fluxo de água do setor C1, que abastecem, parte da Marambaia, Nova Marambaia e Gleba I,II,III, está comprometido.

A Cosanpa disse que os técnicos trabalham para normalizar o abastecimento, mas não deu uma previsão de quando isso deve acontecer.

(DOL)