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No dia dos pais, filhos homenageiam aqueles que já partiram

No dicionário, a palavra saudade é definida como “lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas”. Para quem perdeu um pai, um avô, um ente querido, a saudade é eterna. Se para alguns o Dia dos Pais é um momento

No dicionário, a palavra saudade é definida como “lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas”. Para quem perdeu um pai, um avô, um ente querido, a saudade é eterna.

Se para alguns o Dia dos Pais é um momento de confraternização entre pais e filhos, para outros a homenagem neste dia carrega esse sentimento e as lembranças de outrora. Para se sentir mais perto daqueles que já se foram, famílias inteiras mantiveram, ontem, a tradição de visitar as sepulturas dos familiares nos cemitérios da capital paraense.

Um deles é o bancário José Blanco, 49, que não deixa de ir nessa data ao cemitério de Santa Izabel, no bairro do Guamá, onde o pai, também José Blanco, foi enterrado há 14 anos. Emocionado, ele conta que a maior lembrança guardada do pai é o companheirismo.


(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

“Tínhamos uma amizade muito grande. Ele deixou um legado de valores, honestidade, queria sempre a união da família. Hoje cada um vive a sua vida. Passaram 14 anos, mas sempre venho mandar limpar a sepultura, ajeitar, entre dois a três meses venho aqui”, diz ele, que esteve ontem no cemitério.

A aposentada Ana Melo, 65, também não deixa de visitar o túmulo do pai em datas comemorativas ao longo dos anos. A oração que ela sempre faz quando chega ao local é uma forma de homenageá-lo. O pai, Luís Alves Monteiro, foi sepultado ali há nove anos.

“Quando ele era vivo sempre reunia a família. É uma maneira de fazer uma homenagem porque ele não está mais convivendo com a gente, a saudade não acaba. Hoje tentamos dar continuidade a isso”, recorda.

CRÍTICA

Com familiares sepultados ali, a auxiliar de enfermagem Ana Lúcia Cordeiro, 48, visita constantemente o cemitério de Santa Izabel. Mas problemas como falta de segurança, de predação e limpeza irregular incomodam no espaço. Ana aponta um jazigo que, até três meses atrás, possuía um portão de bronze, mas foi levado. Hoje, o jazigo permanece aberto e com partes da sepultura quebradas. “Tem muito morador de rua, está deixando a desejar. Limpeza nem se fala. Segurança fora dessas épocas não tem, principalmente à noite”, reclama.

Próximo dali, a reportagem do DIÁRIO flagrou em um outro jazigo alguns objetos como uma farda com a logo da Prefeitura de Belém, junto com uma escada e balde. O espaço, aparentemente, estaria sendo utilizado como uma espécie de depósito.


(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Abandono nos cemitérios causa revolta

A manhã de domingo também foi movimentada no cemitério de São Jorge, no bairro da Marambaia. Entre os visitantes estava a funcionária pública Nuzia Neri, 52, que perdeu o pai cedo, quando ela tinha apenas 17 anos.

Além do pai, o irmão mais velho de Nuzia que também está enterrado ali e deixou esposa e filhos. “Venho todos anos no Dia dos Pais, Finados, aniversário. Aprendi com ele a honestidade, o amor ao próximo, caráter e respeito. Éramos nove filhos, só que ele faleceu muito cedo, tinha hipertensão. A gente sente muita saudade e pensa como seria se ele tivesse aqui. Mas acredito que tudo é destino de Deus”, afirma.

Já a técnica cultural Fátima Lima, 68, visita assiduamente os túmulos do pai e da mãe. “A gente reza o terço, manda celebrar missas nas datas de falecimento, aniversário deles, para manter essa memória viva. E chora de saudade”.

A visitante, no entanto, costuma observar muitos problemas no cemitério. “Muita sujeira, ladrão, tudo abandonado. Tudo quebrado, levam vasos. Temos de cortar flores para não levarem. Você pode ver que hoje é Dia dos Pais e mesmo assim está tudo sujo”, diz ela apontando para as folhas secas ao chão.

Fátima diz que em dias normais o local não tem segurança como havia ontem, com a presença de agentes da Guarda Municipal de Belém. Das sepulturas de familiares já foram levados objetos como a imagem de Cristo em bronze, cruz, vasos e até flores.

“Temos outra sepultura mais adiante e várias vezes já tentaram nos assaltar aqui. Deveria manter limpeza, colocar segurança. Houve um tempo que tinha, era mais limpo. A gente paga para manter as sepulturas, mas eles vêm e levam vaso, quebram tudo. Pagamos impostos para isso”, reclama.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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