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DESACORDO

Flagrantes de irregularidades no trânsito são comuns pelas ruas de Belém

Em algumas horas, o DIÁRIO flagrou várias infrações em diversas vias da capital e, segundo especialista, a falta de planejamento urbano e de investimentos em segurança viária e educação agravam o problema

Imagem ilustrativa da notícia Flagrantes de irregularidades no trânsito são comuns pelas ruas de Belém camera Outro problema recorrente é o estacionamento de veículos nas calçadas, dificultando a passagem dos pedestres | Wagner Santana

O aumento considerável da frota de veículos, de pedestres e a estagnação da estrutura de transporte deixaram o trânsito da capital paraense completamente desordenado. Como resultado, bastam alguns minutos andando nas ruas para flagrar diversas irregularidades cometidas por motoristas e pedestres.

Na última semana, o DIÁRIO flagrou diversas infrações pelas ruas da cidade, como estacionamento irregular na calçada de moto e carro, fila dupla, motociclista e carona sem capacete, conversões proibidas, trafegar na faixa exclusiva de ônibus, avanço de sinal vermelho, dentre outras. Entre as principais irregularidades flagradas pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB) estão o excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho, estacionamento proibido, transitar em faixa exclusiva para ônibus e condução de motocicleta sem equipamento de segurança.

A estudante de direito Rafaela Serrão considera que os pedestres são sempre os mais prejudicados. “Eu já presenciei diversas infrações cometidas por motoristas. Muitas vezes eles sequer olham para o pedestre. Acho que isso precisa ser revisto com certa urgência”, explica. O mesmo pensa o autônomo Ronaldo Rocha, 59 anos. “Todos os dias você vê algum erro, quase fui atropelado certo dia. Não fosse pela atenção, eu poderia ter me machucado muito. A gente precisa estar muito esperto, porque o lado mais fraco ainda é o nosso”, alerta.

A ausência de capacetes é recorrente nas ruas de Belém.
📷 A ausência de capacetes é recorrente nas ruas de Belém. |Wagner Santana
Desrespeito às leis e sinalizações de trânsito são comuns pelas ruas da capital
📷 Desrespeito às leis e sinalizações de trânsito são comuns pelas ruas da capital |Wagner Santana

Na visão de especialistas, a implantação de políticas adequadas com base no atual modelo de segurança viária, que contempla educação, engenharia e segurança, seria um passo significativo para a mudança de comportamento e a melhora no trânsito como um todo. Campanhas educativas também deveriam ser realizadas de forma continuada. “Hoje o tema trânsito é ampliado para segurança viária. E a educação é a base desse preambulo. Esse comportamento muda conforme o local. Para tanto, é precisar mudar através de estudos técnicos e científicos que encontrem o melhor meio de educar no trânsito. As melhores campanhas são as que vão até a comunidade, não o contrário, como se acostumou a fazer”, explica o especialista em trânsito Rafael Cristo.

REALIDADES

Segundo ele, uma cidade grande comporta diferentes realidades e todas elas devem ser levadas em conta. “Se a cidade tivesse sua sede central, mas também as suas sedes distritais, por exemplo, o tempo de resposta para a comunidade seria mais imediato. A fiscalização em mosqueiro é ostensiva, eficaz e constante? Não. Tem pouco agente e a fiscalização não é descentralizada. Quando tem é muito pontual, em forma de operação”, enumera.

Motoqueiros estacionam nas calçadas.
📷 Motoqueiros estacionam nas calçadas. |Wagner Santana

Um estudo conduzido pelo próprio especialista, aponta que, em comparação com cidades como Manaus e São Luiz, Belém ainda tem muito a melhorar. Para uma frota de 541.776 carros, existem exatos 100 agentes de trânsito, enquanto Manaus tem frota de 718.265 veículos e 375. Já a capital maranhense conta com 402.961 veículos e 240 agentes. Das três, a capital paraense é a que mais sofre defasagem na média de 1 agente para cada mil carros.

Outro problema da capital é a sinalização. “Os governos precisam investir em semáforos inteligentes. As centrais de monitoramento podem ser instaladas. Há um déficit de sinalização em Belém. Tem que investir na tecnologia da informação monitoramento em tempo real, instalar mais câmeras nas ruas, câmeras de segurança viária também”, completou.

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