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Covid-19 pode causar câncer de pulmão? Médico tira dúvidas

No âmbito da saúde e bem-estar, o mês de agosto é totalmente destinado a conscientização e combate a um dos tumores malignos mais recorrentes na sociedade, o câncer de pulmão. A campanha visa contribuir sobre a importância da saúde do órgão e da prevenção

Imagem ilustrativa da notícia Covid-19 pode causar câncer de pulmão? Médico tira dúvidas camera Elas passaram a fumar proporcionalmente mais do que os homens, de acordo com especialistas. | Reprodução

No âmbito da saúde e bem-estar, o mês de agosto é totalmente destinado a conscientização e combate a um dos tumores malignos mais recorrentes na sociedade, o câncer de pulmão. A campanha visa contribuir sobre a importância da saúde do órgão e da prevenção desse tipo de doença, que é silenciosa e se não controlada ou tratada pode ser fatal. Segundo o Hospital Albert Einstein de São Paulo, o câncer de pulmão vem apresentando anualmente o aumento de 2% em sua incidência mundial, e que 90% dos casos diagnosticados geralmente estão associados ao consumo dos derivados de tabaco.

O câncer de pulmão pode se apresentar de dois tipos diferentes: o de pequenas células e o de não pequenas células, sendo a última a mais comum e frequente entre os pacientes com a doença.

Segundo o médico oncologista Luiz Eduardo Werneck, com o aumento do número de casos o câncer de pulmão também já pode ser considerado como uma pandemia. “O câncer de pulmão é um problema mundial que vem aumentando diariamente, inclusive e especialmente, entre as mulheres. Esse grupo em idade produtiva e de trabalho está fumando proporcionalmente mais do que os homens”, afirma o médico.

O especialista lembra que a doença está presente em todos os países desenvolvidos, seja na faixa do nível econômico mais alto, como também naqueles de níveis mais baixos. Isso porque o cigarro, que é um dos principais fatores que levam a doença, é tido também como uma forma de entretenimento de baixo custo. “As pessoas ainda possuem muito acesso ao cigarro e não temos políticas de governos eficientes, tanto no Brasil como em outros lugares do mundo que desestimulem o uso do tabaco. Então, um dos pedidos da comunidade médica é que as taxas impostas sobre os produtos derivados de tabaco fossem ainda maiores, dificultando esse acesso aos produtos”, diz Werneck.

O oncologista lembra ainda que, “os novos modelos de cigarros eletrônicos, mesmo que proibidos pelas agências de saúde e de controle de drogas de vários países, estão sendo bastante utilizados entre os jovens, contribuindo para a volta do aumento de fumantes e o aparecimento não somente do câncer de pulmão, como também de outras doenças relacionadas ao aparelho respiratório humano”.

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Perguntado sobre a relação de possíveis surgimentos de novos casos de câncer com o contágio do novo coronavírus, o médico diz ser impossível uma pessoa desenvolver a doença a partir das sequelas deixadas pela Covid-19.

O câncer de pulmão pode ocorrer em todas as faixas etárias. Por isso, é preciso ficar alerta aos mínimos sinais, principalmente dentre o público com idade entre 50 e 60 anos. “São poucos os sinais que a doença dá. Por ser silenciosa, normalmente quando ela passa a dar alerta já é um caso mais tardio”, explica Luiz Eduardo.

Entre os principais sintomas o médico destaca a perda de peso sem nenhuma explicação, tosse persistente há mais de 30 dias, podendo ainda desencadear dores. Em estágios mais avançados o paciente pode desenvolver a falta de ar. “É bom lembrar que a falta de ar só pode aparecer no estágio mais avançado da doença, então isso também

engana as pessoas no diagnóstico inicial”, observa. Com relação ao diagnóstico precoce da doença, o oncologista diz que não existe praticamente nenhuma informação disponível no Brasil de estudos que determinam o que pode levar a ele, mas que um trabalho publicado nos Estados Unidos feito com pessoas de risco, consideradas fumantes ou que convivem com fumantes, mostrou a eficácia da tomografia, tanto no diagnóstico precoce quanto na redução dos custos de tratamento. A partir dessa publicação, os pesquisadores e médicos oncologistas passaram recomendar a prática para os pacientes pertencentes a categoria.

Nos últimos dez anos, o tratamento de câncer de pulmão passou por grandes e significativas mudanças, conta o médico. “Apesar dos casos continuarem incidindo, os medicamentos que a oncologia dispõe, principalmente entre os médicos e pesquisadores mais alinhados com o mercado, já permite conseguir curar grande parte desses casos. Porém, o câncer de pulmão continua sendo uma doença gravíssima”, lembra Werneck.

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