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Sob Bolsonaro, preços do diesel e do botijão dispararam

Mesmo com cortes de impostos federais e estaduais, os preços dispararam nos quatro anos do governo Bolsonaro

Imagem ilustrativa da notícia Sob Bolsonaro, preços do diesel e do botijão dispararam camera O gás teve uma alta de 24,2% no governo Bolsonaro | Agência Brasil

Mesmo com cortes de impostos federais e estaduais, os preços do diesel e do botijão de gás dispararam nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro, que se encerram neste sábado (31). Já a gasolina foi mais impactada pela redução do ICMS e fecha o período mais barata do que em dezembro de 2018.

Segundo a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) divulgada nesta sexta-feira (30), o preço médio da gasolina nos postos brasileiros encerra o ano em R$ 4,96 por litro, praticamente alta de 0,6% em relação à semana anterior.

É um valor 9,5% menor do que os R$ 5,48 vigentes na última semana de dezembro de 2018, em valores corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial de inflação.

A queda reflete os cortes de impostos aprovados pelo Congresso em junho, para conter escalada que levou o preço do combustível a ser vendido por um preço médio acima de R$ 7 por litro entre março e julho deste ano.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda manter a desoneração de impostos federais, que representam R$ 0,77 por litro. Caso não renove a medida, o consumidor já começará a sentir a alta na próxima semana.

O consultor Dietmar Schupp, especialista em tributação de combustíveis, estima que o preço médio da gasolina suba 14,1% com a volta dos impostos. Em alguns estados, a alta pode chegar a 15%.

Com menor carga tributária do que a gasolina, os preços do diesel e do gás de botijão sofreram menores impactos dos cortes de impostos e fecham o governo acima dos valores praticados na última semana de 2018, mesmo considerando a inflação do período.

De acordo com a ANP, o litro do diesel foi vendido esta semana a R$ 6,25, queda de 0,4% em relação à semana anterior e 43,3% acima dos R$ 4,36 vigentes na semana anterior ao início do mandato de Bolsonaro.

Naquele período, o valor era subsidiado pelo governo, como acordo para encerrar a greve dos caminhoneiros. Em janeiro de 2019, com o fim do subsídio, a Petrobras elevou o preço em R$ 0,05 por litro em suas refinarias, mas não houve repasse significativo às bombas.

O preço do etanol hidratado subiu 8% no governo Bolsonaro, já considerando a inflação do período, passando dos R$ 3,58 por litro vigentes na última semana de 2018 a R$ 3,87 por litro esta semana.

Já o botijão de gás de 13 quilos, que hoje tem preço médio de R$ 108,64, custava R$ 87,44, em valor corrigido pelo IPCA na última semana de dezembro de 2018. Teve, portanto, uma alta de 24,2% durante o governo Bolsonaro.

Outro combustível que teve forte alta no período foi o GNV (gás natural veicular), que passou de R$ 3,85 para R$ 4,72 por metro cúbico, alta de 22,5%. O combustível é muito usado por taxistas e motoristas de aplicativo, principalmente no Rio de Janeiro.

Parte da alta dos preços dos combustíveis é explicada pela elevação das cotações de petróleo, aliada à aplicação de uma política de preços que prevê a paridade em relação ao mercado internacional, que deve ser revista pelo novo governo.

Ao fim de 2018, o petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, era negociado na casa dos US$ 55 por barril. Nesta quinta-feira, fechou a US$ 83,46. No primeiro semestre, chegou a ser negociado acima dos US$ 100 como reflexo da invasão russa à Ucrânia.

Mas a taxa de câmbio também influenciou: a cotação do dólar fechou 2018 em R$ 3,87, o equivalente hoje a R$ 4,89 quando corrigido pelo IPCA. Nesta quinta-feira, último pregão de 2022, fechou a R$ 5,28.

A escalada dos preços dos combustíveis teve forte impacto sobre a popularidade de Bolsonaro, que passou quase todo o mandato em conflito com a direção da Petrobras, chegando a demitir três presidentes da estatal em quatro anos.

A situação só melhorou com a nomeação de Caio Paes de Andrade, que se beneficiou da queda das cotações internacionais do petróleo e adotou uma estratégias de anunciar cortes de preços a conta-gotas durante o período eleitoral, gerando notícias positivas para a campanha pela reeleição do presidente.

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