O pivô da mais recente crise do governo Bolsonaro é o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). O parlamentar afirmou que não cometeu nenhum crime ao gravar e divulgar o conteúdo de um telefonema com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Kajuru garantiu que sua ligação não foi uma armadilha e que ele não estava fazendo nenhum “teatro” durante a conversa.
“Se alguém fez teatro foi o presidente Bolsonaro. Eu não fiz teatro nenhum, não. Eu fui reivindicar o meu direito de cobrar dele para ele ser justo e não colocar todo mundo [todos os senadores] na mesma vala”, afirmou em entrevista à Folha.
Durante a conversa, Bolsonaro sugere ao senador entrar com pedido de impeachment de ministros do STF, além de pedir para que a CPI da Covid investigue prefeitos e governadores.
Na ligação, o presidente também ofende o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento para instalar a CPI da Covid, e afirma que queria “sair na porrada” com ele.
Kajuru afirmou que Bolsonaro teve chances de se opor à divulgação, mas que não o fez e apenas hoje “mudou de ideia”, após ter sido alertado de que cometeu erros.
O parlamentar também ironizou o fato de o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ter afirmado que iria contra ele no Conselho de Ética.
“A gente iria juntos, cada um com o seu motivo. Eu não cometi crime nenhum. Qual crime que eu cometi? E ele?”, questiona, em referência aos pedido de abertura de procedimento contra o filho do presidente, por conta das acusações de crime de “rachadinha”.
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