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POLÍCIA

Assassinatos e assaltos constantes deixam moradores reféns da violência

“Perdemos uma grande pessoa”, comenta, com lágrimas nos olhos, a comerciante Manilva Lira, 51, amiga de João Ronaldo, proprietário de um supermercado no bairro Almir Gabriel, em Marituba, que foi assassinado na tarde da última quinta-feira por dois homens

“Perdemos uma grande pessoa”, comenta, com lágrimas nos olhos, a comerciante Manilva Lira, 51, amiga de João Ronaldo, proprietário de um supermercado no bairro Almir Gabriel, em Marituba, que foi assassinado na tarde da última quinta-feira por dois homens em uma moto, que o alvejaram com seis tiros em seu próprio ponto comercial. Prestativo e amigo de todos na área, muitos vizinhos e colegas de profissão ficaram comovidos com o crime.

“Ele não merecia. Era uma pessoa boa, ajudava quem precisasse, recebia todo mundo bem. Nunca vi ele discutindo com ninguém”, conta Lira, que tem um ponto comercial ao lado do supermercado de Ronaldo. Segundo ela, ele já havia sido assaltado inúmeras vezes, mas nunca havia prestado queixa, a não ser quando teve a casa invadida há alguns anos.

ABANDONO

Sobre esse ocorrido, outro comerciante do bairro, Wilson Barros, 54, relata que a vítima chegou a ser amarrada junto com a esposa e os filhos enquanto os intrusos saqueavam a residência. “A gente vê de tudo aqui, esse bairro está entregue”, denuncia.

Quando Barros havia chegado para abrir sua loja de calçados na tarde de quinta, o crime já havia ocorrido, o que o deixou bastante surpreso. “Isso se poderia esperar acontecer com qualquer um, menos com ele”, comenta.

Assassinato de João Ronaldo, em seu comércio, na última quinta-feira, abalou os moradores. (Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará)

Em respeito à memória do conhecido, ele decidiu não abrir mais seu comércio naquele dia. No momento em que o corpo de Ronaldo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal, dezenas de populares, entre amigos, vizinhos e moradores, bateram palmas em homenagem ao comerciante, comprovando o carinho que os residentes tinham por ele.

De acordo com Lira, o ponto de Ronaldo era muito popular e atraía pessoas de outros bairros e até outros municípios. “Vinha gente de Canaã, Benfica, Benevides, de todo lugar comprar aqui com ele. Era o mais barato”, conta. Ainda emocionada com a tragédia, a comerciante exige que o caso não caia no esquecimento. “Isso não pode ficar impune. Ele não merecia isso, a justiça tem que ser feita”, diz.

Um comerciante mostrou vários cadeados cortados por ladrões. (Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará)

Assassinatos e assaltos na área ocorrem com muita frequência

Apesar da surpresa da tragédia, moradores e comerciantes da área não negam a insegurança e violência que tomam conta do bairro. Enquanto conversava com a equipe de reportagem sobre o caso, Wilson Barros mostrou os oitos cadeados quebrados que guarda até hoje desde que teve a loja invadida há um ano, ocasião em que perdeu mais de R$ 35 mil em mercadoria.

“Quando cheguei pra abrir nesse dia, tinha um monte de calçado jogado do lado de fora. Só fui entender quando entrei e vi tudo vazio. Ali eu desabei”, relata. Ele continua pagando pela mercadoria roubada até hoje.

“Isso aqui é uma cidade sem lei. A primeira coisa que faço quando chego em casa é trancar todos os cadeados”, denuncia, comentando a falta de uma Unidade Integrada ProPaz no bairro.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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