Mãe se desespera após filho ser assassinado a tiros na porta de casa

Abrir mão de alguns compromissos em troca de ajudar ao próximo e servir a Deus. Esta é a missão de Rosely Santos assumiu, desde que passou a se dividir entre o lar e as obras da igreja que frequenta. É dessa forma que ela tem buscado forças para seguir em frente acreditando que dias melhores poderão vir para ela, sua família e para os moradores de Belém. Porém, desde ontem (16), que ela passa por uma das maiores provações que poderia encontrar no caminho de uma mãe: ver o filho ser assassinado praticamente na porta da casa onde mora.

O crime aconteceu na Travessa Enéas Pinheiro, próximo a Rua Nova, área limite entre os bairros da Pedreira e Sacramenta, em Belém. Homens encapuzados em um carro verde são os principais suspeitos de executar o jovem.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

Consternada, e recorrendo a sua fé para encontrar forças para lidar com aquilo, Rosely se ajoelhou ao lado do corpo do filho, abraçou-o e fez uma oração de entrega dele para Jesus. Após isso, soltou um grito ensurdecedor pedindo por Justiça. “Jesus, olhe por quem fez isso com o meu filho e faça a sua Justiça!”, rezava. “Ele não tinha vícios, não roubava. Ele está contigo agora”, se despediu.

A vontade da mãe era de carregar o filho, mas sabia que não podia mexer no corpo até que a perícia chegasse para fazer o levantamento da área e, em seguida, a equipe do Instituto Médico Legal removesse o cadáver.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

Reginaldo dos Santos Brito, de 19 anos, estava sentado na frente de casa conversando com outros dois rapazes quando o veículo – um carro de cor verde, modelo e placa não indentifcados – se aproximou e de dentro dele um homem encapuzado desceu, com uma arma em punho.

Os amigos de Reginaldo correram e ele teria ficado sentado no mesmo lugar onde estava e foi alvejado com vários tiros. Segundo a família, a vítima estudava e estava de férias. “Ele não fazia mal a ninguém. Tenho certeza disso”, desabafou Rosely, que foi amparada por amigos e familiares.

Policiais militares do 1º Batalhão de Policiamento Militar estiveram no local e levantaram as primeiras informações sobre o que aconteceu. Em seguida, chegou a equipe da Divisão de Homicídios, que deu inicio as investigações.

Os amigos de Reginaldo que estavam com ele ainda não tinham aparecido até a hora que a reportagem esteve no local.

(Denilson D'almeida/Diário do Pará)