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POLÍCIA

Um policial militar é morto a cada 5 dias no Pará

A realidade não mente. Enquanto os policiais militares que estão nas ruas sofrem a violência na própria pele, muitas vezes pagando com a vida, as autoridades de segurança e o governador Simão Jatene continuam fingindo que nada está acontecendo. E o pior,

A realidade não mente. Enquanto os policiais militares que estão nas ruas sofrem a violência na própria pele, muitas vezes pagando com a vida, as autoridades de segurança e o governador Simão Jatene continuam fingindo que nada está acontecendo. E o pior, os alvos são sempre aqueles que dão sua vida para proteger a população, como cabos, soldados e sargentos, enquanto a alta cúpula da PM permanece imóvel, no conforto do cargo, vendo o Governo ser omisso com seus comandados. Para se ter uma ideia, dos 30 mortos PMs mortos este ano, 29 pertencem às patentes mais baixas da corporação.

A média, assustadora, é de 1 morto a cada 5 dias. Somente neste final de semana, foram dois policias mortos. Nem os que protegem as autoridades escapam. Uma das vítimas, o cabo Kenny Danillo de Lima Gusmão, era integrante da equipe de segurança do vice-governador Zequinha Marinho. Ele foi surpreendido durante uma tentativa de assalto na noite do sábado (16), no bairro do Benguí, em Belém. Ele foi interceptado por uma dupla em uma moto, teria reagido e acabou levando um tiro na cabeça.

O outro morto, horas depois, já no Guamá, foi o também cabo Silney Pereira Mendonça. Ele foi abordado por criminosos próximo do Hospital Barros Barreto. Ele estava de moto, foi abordado por dois suspeitos e reagiu, mas infelizmente faleceu, após ser baleado na cabeça e tórax, morrendo na hora.

São casos frequentes e ganham repercussão pela omissão criminosa do Governo, que prefere “tapar o sol com a peneira”, como o secretário de Segurança Luiz Fernandes, que afirma se sentir “seguro andando em Belém”. “Eu me sinto (seguro) porque eu sei o que a polícia faz. Muitas pessoas não se sentem seguras porque não sabem o que está à disposição delas na hora que precisarem”, disse ele, em coletiva no mês de abril.

Bem, pelo menos parece que a tal segurança falho no caso da cabo Maria de Fátima, que foi assassinada dentro da própria casa, no Curuçambá, em Ananindeua. Ela chegou a avisar, meses antes, que sofria ameaças e teve até a casa invadida, mas não recebeu a proteção adequada do Comando da PM.

ATLAS DA VIOLÊNCIA

CAPITAL MAIS VIOLENTA

- Belém passou a ostentar a triste liderança no ranking da violência com a indicação do Atlas da Violência 2018 de que a capital paraense registra 76,1 homicídios por grupos de 100 mil habitantes. No estudo anterior, já íamos mal, em 4o lugar. Atrás da capital paraense estão Aracaju (SE), Natal (RN), Rio Branco (AC) e Salvador (BA). Como se não fosse suficiente, estão no Pará 5 das 20 cidades mais violentas do Brasil: Altamira, com assustadores 91,9 homicídios por 100 mil habitantes, Marabá, Ananindeua, Marituba e Castanhal. Em todos os municípios citados, reinam as problemáticas da falta de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e vulnerabilidade.

Políticos e especialistas denunciam descaso e má gestão

Se a própria polícia está na mira de tiro, imagina a população. “O Governo não consegue fazer com que, no Pará, a criminalidade caia”. A frase do deputado estadual Tércio Nogueira (PROS), que é soldado da Polícia Militar, resume bem a situação. “Acho que tem a ver com descaso e má gestão “, avalia o parlamentar.

Ele cita que nas capitais onde foi percebida uma queda nos índices de violência, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, houve também um investimento estratégico em Segurança Pública. Ele lembra, ainda que o governo Jatene está há quatro anos sem reajustar o salário na PM e oferece condições insalubres de trabalho.

Especialista em Segurança Pública e Privada, Leonardo Marcone afirma que há uma série de elementos que precisam ser revistos quando o assunto é a violência que tomou conta do Estado. “Não é pontual. O regramento é deficitário e não atende as nossas fragilidades hoje, ou seja, a proteção ao cidadão individual sobrepõe a própria proteção de toda a sociedade”, explica. “A estratégia de

Segurança Pública tem falhas e precisa ser revista. Nosso projeto social, de combate à violência com ações sociais é muito deficiente”, aponta.

Soldado da Polícia Militar, o vereador de Belém Silvano Oliveira (PSD) lembra que quando Helder Barbalho ocupou a pasta da Integração Nacional ofereceu a Jatene ajuda e apoio da Força Nacional, as quais foram negadas pelo tucano, segundo o próprio Silvano, por questões políticas. “A gente já denunciou o crime organizado e o Governo empurra com a barriga o problema. Vivemos uma situação de incompetência de administração”, dispara o vereador.

Policiais militares mortos em 2018

l 1º - Sargento Wladimir Odylo Giliberti de Matos
l 2º - Cabo Richard Farias de Souza
l 3º - Sargento João Francisco de Oliveira Lameira
l 4º - Cabo Wagner Santa Rosa
l 5º - Sargento Eliseu Pojo Rodrigues
l 6º - Cabo Rosalva Maria Corrêa de Holanda
l 7º - Cabo Marcelo Costa de Carvalho
l 8º - Soldado Washington Luiz do Rosário
l 9º - Sargento Antônio Daves Martins
l 10º - Cabo Jeferson Maciel dos Anjos
l 11º - Sargento Reginaldo da Silva Souza
l 12º - Sargento Marinaldo Maia de Souza
l 13º - Cabo Deyvison César Braga de Oliveira
l 14º - Cabo José da Silva Frade
l 15º - Cabo José Antônio Pinheirol 16º - Cabo reformado Valdomiro de Oliveira Bastos
l 17º - Subtenente da reserva João Bosco Vieitas de Sousa
l 18º - Cabo Hernani Rogério Silva da Costa
l 19º - Cabo Ivaldo Joaquim Nunes da Silva
l 20º - Sargento da reserva da PM Reginaldo
l 21º - Cabo Mária de Fátima
l 22º - Cabo PM Jeferson Rodrigues Gaia
l 23º - Sargento PM Mourão l 24º - Cabo PM Josias Santos Favacho
l 25° - Sargento Sebastião Rosário
l 26° - Sargento da reserva Elias Brasil Silva
l 27° - Cabo Giorgio Silva Salame
l 28° - Cabo PM reformado Delson Luis Rodrigues da Silva
l 29° - Cabo da PM Silney Ferreira Mendonça
l 30° - Cabo Kenny Danilo Lima Gusmão.

(Diário do Pará com informações de Carol Menezes)

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