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POLÍCIA

Bandidos mandam e desmandam no bairro da Cabanagem

Todos falam, mas ninguém se identifica. O medo expressado no rosto justifica o pedido de anonimato. É difícil encontrar um morador ali que ainda não tenha sido alvo de assaltantes – principalmente quem mora nas ruas Fé em Deus e Bom Jesus, no bairro da Ca

Todos falam, mas ninguém se identifica. O medo expressado no rosto justifica o pedido de anonimato. É difícil encontrar um morador ali que ainda não tenha sido alvo de assaltantes – principalmente quem mora nas ruas Fé em Deus e Bom Jesus, no bairro da Cabanagem, em Belém. As vias, por sinal, ficam relativamente próximas da Unidade Integrada do Pro Paz Cabanagem. Nelas praticamente todas as casas possuem grandes nas portas e janelas. Algumas destas grades até reforçadas com cadeados e correntes.

Contudo não adianta os moradores viverem trancados atrás das grades domésticas porque, segundo eles próprios relatam, os bandidos sabem a hora em que eles saem para trabalhar, estudar. Também sabem a hora que retornam para casa. E é justamente nestes horários que eles costumam agir e roubar os pertences dos moradores.

“Pela manhã entre 6h30 e 8h é terrível. Eles vem de bicicleta, vem de moto. Surgem do nada! E nos assaltam. Em menos de 40 dias fui assaltada 3 vezes na porta de casa”, relatou uma moradora. Ela tem 26 anos, trabalha como auxiliar de cozinha, e todos os dias sai cedo de casa para deixar a filha na escola e depois seguir para o serviço. A filha dela é uma criança de apenas 7 anos de idade, que presenciou os 3 assaltos que a mãe sofreu.

Uma moradora afirma que, em 40 dias, foi assaltada três vezes na porta da própria casa. (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

“Na segunda vez o assaltante chegou me agredindo. Me bateu e ela (a filha) começou a gritar apavorada. Ele disse que se a menina não parasse de gritar eu que ia levar o tiro e apontou a arma no meu rosto”, contou emocionada. Neste dia ela não conseguiu ir trabalhar e nem deixou a filha no colégio.

Três dias depois a auxiliar foi assaltada novamente ao sair de casa. “A minha filha quando viu a arma pediu que ele (o assaltante) não batesse em mim”, lembrou. “Nunca esqueci do medo no rosto dela”, contou emocionada. A mulher não comprou mais nenhum celular desde o último assalto – e isso já tem quase 2 meses. “Eu quero ir embora daqui. Tô vendendo a casa”, disse.

A auxiliar de cozinha, assaltada 3 vezes, não é a única a querer deixar o bairro da Cabanagem. Na rua Bom Jesus, num trecho de 50 metros, pelo menos duas casas estão com placa de venda. A vizinhança, quando viu o carro da reportagem se aproximar até alertou sobre o risco da equipe ser vítima de assalto.

Mesmo durante a manhã, entre 6h30 e 8h, bandidos chegam de bicicleta e moto para fazer assaltos. (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

“Aqui acontece a toda hora, mas sempre no início da manhã e início da noite. Por volta das 20h aqui é terrível”, frisou uma moradora. “Toda semana tem arrastão na parada de ônibus. Está cada vez mais difícil morar por aqui”, lamentou a dona de casa.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar para saber sobre as rondas que as guarnições fazem pela área, mas até o fechamento desta edição não recebemos a resposta. Enquanto isso, os moradores da Cabanagem pedem “socorro”.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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