Polícia investiga assassinato de professora e líder comunitário

O delegado de Polícia Civil André Costa disse ontem que está trabalhando com duas possíveis linhas de investigação para o assassinato da professora Aurilene Valente Lemos, de 32 anos: a de latrocínio (roubo seguido de morte) ou morte por encomenda. A mulher foi assassinada com um tiro na cabeça e teve a bolsa roubada, por volta das 19h de terça-feira (22), na frente da filha, uma criança de nove anos.

A vítima caminhava na rua de casa, na passagem Maria de Nazaré, bairro do Coqueiro, na Grande Belém, na companhia da filha, que havia ido buscar na escola quando foi abordada por homens armados, que chegaram em um veículo ainda não identificado. “Preliminarmente trata-se de um latrocínio. Mas não descartamos a possibilidade do crime ser cometido por encomenda. Os criminosos teriam roubado a bolsa da vítima para descaracterizar um homicídio qualificado”, disse o delegado.

Ainda segundo ele, a segunda linha de investigação surgiu por ser uma ação criminosa suspeita. “Causa estranheza um único disparo direcionado para a cabeça e não haver sinais de luta na vítima”, adiantou. No entanto, a polícia ainda busca identificar os autores do crime.

Já sobre a morte do presidente da Associação dos Moradores da Vila da Barca, Marcos Vinicius Contente, o delegado apenas informou que o caso segue sigiloso, não podendo adiantar as motivações para o crime. “Posso dizer apenas que traços indicam característica de execução”, falou André. Marcos também foi morto na frente da filha, na quarta-feira (23), pela manhã.

Ele estava dentro do carro parado no semáforo da avenida Pedro Álvares Cabral cruzamento com avenida Arthur Bernardes, bairro do Telégrafo, próximo ao conjunto Vila da Barca. Dois homens em uma motocicleta encostaram na porta do motorista e efetuaram quatro disparos contra o vidro peliculado fechado. Três tiros acertaram a cabeça do líder comunitário. A dupla conseguiu fugir.

(Emily Beckman/Diário do Pará)