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POLÍCIA

Polícia indicia oito pessoas por crime eleitoral

A Polícia Civil divulgou, nesta quinta-feira (22), a conclusão do inquérito policial sobre investigação de crime eleitoral ocorrido durante a campanha das eleições suplementares para a Prefeitura de Tomé-Açu, nordeste paraense, realizadas no início deste

A Polícia Civil divulgou, nesta quinta-feira (22), a conclusão do inquérito policial sobre investigação de crime eleitoral ocorrido durante a campanha das eleições suplementares para a Prefeitura de Tomé-Açu, nordeste paraense, realizadas no início deste mês.

Ao todo, oito pessoas foram indiciadas por crime eleitoral, acusadas de favorecer o candidato Jonas Braz, conhecido como Jonas do Radar, com o voto nas urnas, em troca de cestas básicas de alimento e pagamento em dinheiro.

As investigações foram presididas pelo delegado Jean Santos, titular da Unidade Integrada do Distrito de Quatro Bocas, zona rural do município. Na conclusão do inquérito, o delegado lavrou também um procedimento específico para apurar a conduta de duas adolescentes, de 15 e 16 anos, por ato infracional análogo ao crime eleitoral. Jonas Braz foi o candidato menos votado entre os quatro que concorreram à prefeitura. Ele não foi indiciado no inquérito por não haver provas de envolvimento no crime eleitoral.

Foram indiciados Leonardo Souza Belato; Tiago Milton Sanches Pinto; Larissa Cinthya Freitas da Silva; Elby de Oliveira Dias; Adriana Soares Dias; Juciene Nascimento Alves; Fabrícia da Silva Mendonça e Maria do Socorro da Silva Rodrigues.

As investigações tiveram início após denúncias de distribuição de cestas básicas em um comércio chamado "Casa do Criador", localizado na feira livre de Quatro-Bocas, em 3 de junho, véspera do dia do pleito eleitoral no município. Após a denúncia, a promotora de justiça do município, Brenda Braga, entrou em contato com a UIPP da localidade para apurar os fatos. Uma equipe policial foi até o ponto comercial. No local, já havia uma viatura da Polícia Militar apurando a mesma denúncia de distribuição das cestas básicas de alimentos em troca de votos para o candidato.

Cerca de oito pessoas aguardavam, no local, para receber as cestas básicas. "Os policiais apreenderam 37 cestas de alimentos prontas para serem entregues e diversos produtos alimentícios que seriam arrumados para compor outras cestas. Foram encontrados também 62 tíquetes manuais que autorizavam a entrega do tíquete em troca de cestas básicas", apurou o delegado. Um funcionário do local disse aos policiais inicialmente que estava apenas vendendo as cestas, porém não apresentou qualquer recibo ou comprovante de venda dos produtos. Ele falou em seguida. ainda no local, que iria telefonar ao proprietário do estabelecimento, comerciante Tiago Milton Sanches. O dono do comércio, por sua vez, informou que as cestas teriam começado a ser distribuídas em 3 de maio deste ano.

Além da apreensão das cestas básicas e dos tíquetes, os beneficiários e representantes do estabelecimento foram conduzidos para a Unidade Integrada do distrito de Quatro-Bocas. As investigações apontaram que Tiago recebeu a quantia de R$ 14 mil antecipada pela venda das cestas básicas e trabalhou no dia das eleições como fiscal da coligação do candidato Jonas Braz. Os indiciados Larissa Freitas, Elby Dias, Adriana Soares, Maria do Socorro Rodrigues, Juciene Alves e Fabrícia Mendonça trabalharam na companha do candidato realizando a distribuição dos chamados "santinhos", além de terem se beneficiado das cestas básicas. "Eles irão responder pelo crime de corrupção eleitoral passiva", explica o delegado.

Já Leonardo Belato, dono do estabelecimento onde foram distribuídas as cestas básica e apontado como responsável por distribuir os tíquetes, e Tiago Sanches, que realizou a entrega das cestas básicas, irão responder pelo crime de corrupção eleitoral ativa. Jonas Braz, explica o delegado, não foi indiciado no inquérito, pois não ficou comprovado o envolvimento dele no crime eleitoral.

"Ninguém confirma a presença dele nem que tenha recebido dele as cestas básicas ou dinheiro", explica o delegado. Em depoimento, durante o inquérito, o então candidato negou ter autorizado a distribuição de tíquetes e de cestas básicas em seu nome durante a campanha eleitoral. Ele disse ainda desconhecer quem estava realizando a ação.

Segundo o delegado, Braz se colocou à disposição da Polícia Civil e do Poder Judiciário para prestar quaisquer outros esclarecimentos a respeito de sua campanha. O inquérito foi encaminhado à Justiça Eleitoral.

(Com informações da Polícia Civil)

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