Monitorado do sistema penal é morto a tiros dentro de casa

Moradores da quadra 42 do conjunto Promorar, no bairro de Val-de-Cans, em Belém, desconfiaram da chegada de três carros com aproximadamente dez homens a uma residência, ontem, por volta das 10h, e depois de entrarem foram ouvidos mais de vinte disparos de arma de fogo.

O alvo dos assassinos era Erik Will de Oliveira Siqueira, 26, que acabou fuzilado com mais de quinze tiros dentro da casa onde atualmente estava morando. Ele usava tornozeleira de monitoramento domiciliar desde 6 de maio deste ano.

Desesperados com a cena, moradores da quadra acionaram o Centro Integrado de Operações (Ciop), que mandou para o local guarnições do 1º Batalhão e, em seguida, foi acionada uma equipe da Divisão de Homicídios e do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para os trabalhos de perícia criminal e levantamento de local de crime.

Durante a apuração do fato, os policiais tiveram conhecimento que três carros com aproximadamente dez homens chegaram à casa de Erik Will e rapidamente usaram um alicate de pressão, cortaram o cadeado da porta e entraram. Lá dentro, em poucos segundos eles mataram a vítima.

De posse do nome completo da vítima foi verificado o seu Inforpen, onde se registram dados de criminosos e na ficha constava sua prisão pelo homicídio que foi vítima um policial militar no bairro do Jurunas. Ele foi preso em 20 de abril do ano passado depois de ser investigado e reconhecido por imagens de câmeras de segurança que mostravam sua participação efetiva no crime junto com outros bandidos.

Segundo as informações de moradores próximos da área, depois de matarem Erik Will de Oliveira Siqueira, os assassinos saíram em seus carros em alta velocidade, mas não foi possível identificar nem as placas e os modelos dos veículos usados.

Após a perícia no corpo da vítima, os agentes do Instituto de Criminalística encontraram evidências de que pelo menos três homens estiveram na cena do crime ao invadirem a residência.

Também por evidências foi possível definir que três armas de fogo de calibres diferentes foram usadas para matar Erik Will de Oliveira Siqueira, cujo corpo apresentava vinte perfurações entre entradas e saídas e que somente a necropsia vai definir quantos tiros acertaram a vítima, que não teve a menor chance de se defender do ataque.

Chama atenção que na casa onde ele foi morto estavam a mãe, o padrasto e o irmão que foram poupados durante a ação.

A maioria dos disparos foi no rosto, o que caracteriza, segundo o perito José Cordeiro, uma execução sumária. O crime foi registrado na Seccional Urbana da Sacramenta e segue em apuração. O corpo de Erik Will foi removido para o Instituto Médico Legal Renato Chaves (IML).