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Violência contra mulher: quando não morrem, ficam com marcas para o resto da vida

Espancamentos, agressões físicas e verbais, queimaduras, torturas e outros tipos de violência. Quando as vítimas não são mortas, as marcas, as sequelas e as limitações podem durar para o resto da vida.Acusado de obrigar ex-namorada a comer fezes é denun

Imagem ilustrativa da notícia Violência contra mulher: quando não morrem, ficam com marcas para o resto da vida camera Reprodução

Espancamentos, agressões físicas e verbais, queimaduras, torturas e outros tipos de violência. Quando as vítimas não são mortas, as marcas, as sequelas e as limitações podem durar para o resto da vida.

Acusado de obrigar ex-namorada a comer fezes é denunciado por outra vítima

Segundo a psicóloga Vânia Celedônio, muitas vezes pode ser difícil ter uma visão completa de um relacionamento abusivo, mas alguns sinais já devem deixar a mulher em alerta.

“Ciúme excessivo, controle, invasão de privacidade, baixar a autoestima da mulher, criar mecanismos para fazer com que se sinta dependente exclusivamente do abusador, ou seja, dizer que não tem amigos, que não é uma pessoa interessante, que não vai conseguir emprego, dentre outros”, explica ela.

Para a especialista, é importante que a vítima tenha com clareza quais são os seus valores. Celedônio orienta que a mulher escreva em um papel o que espera de uma pessoa para se relacionar, como respeito, transparência, fidelidade, ou seja, qualquer valor que seja uma característica fundamental na sua visão, para um bom relacionamento.

“O abusador faz com que a outra parte rompa com todos os valores que acredita serem certos e isso não tem haver com divergências de temperamento, de personalidade ou linguagem porque essas diferenças você consegue ajustar. Mas quando tem uma divergência de valor, a dor é diferente”, destaca.

Preso acusado de torturar e obrigar ex-namorada a comer fezes de animais

Segundo ela, os primeiros passos do abusador é se tornar atrativo, para depois mostrar de fato como ele realmente é. “Ele faz isso para se conectar com a mulher e quando ele percebe que ela está realmente conectada, que já desrespeitou os próprios valores é que ele estabelece o domínio”, alerta a psicóloga.

A especialista destaca ainda, que o abuso não precisa ser apenas do parceiro de vida amorosa, mas pode vir também de um pai, de um tio ou uma pessoa próxima que influencia na formação da vítima.

“O cérebro trabalha por associação e acaba generalizando, mas isso não é regra. As pessoas não manifestam o mesmo tipo de trauma. Mas pode ser que a vítima entenda que todo homem tem esse tipo de postura e comportamento, criando automaticamente uma dificuldade de se relacionar porque vai ter medo de viver o que viveu anteriormente”, explica.

Um levantamento realizado em 2015 pelo Instituto DataSenado, duas em cada 10 mulheres não tomam qualquer atitude em relação à agressão sofrida.

A justificativa para isso, segundo a pesquisa, está relacionada a preocupação com a criação dos filhos, medo de vingança por parte do agressor ou até mesmo por acreditar que seria a última agressão.

O Mapa da Violência Contra a Mulher 2018, feito pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, revelou que a maioria das vítimas de violência doméstica têm entre 18 e 59 anos de idade (83,7%) e a agressão, em sua maior parte, é cometida por companheiros e ex-companheiros (58%) ou parentes (42%), como pais, avôs, tios e padrastos.

Onde denunciar?

Por isso, denunciar é fundamental para reduzir casos de violência contra as mulheres.

Segundo a Polícia Civil do Pará, o crime pode ser denunciado na Delegacia da Mulher ou quando não houver, pode ser feito em uma delegacia comum de polícia.

A denúncia também pode ser feita pelo 181 (Disque Denúncia), não só pela vítima, mas por alguém que seja testemunha ou tenha conhecimento das agressões.

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