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COMOÇÃO

Crimes bárbaros já são 'comuns' no seio da família

Crimes praticados em ambiente familiar já são cada vez mais comuns, ainda assim costumam provocar muita comoção e tristeza, sobretudo quando as vítimas são crianças ou as execuções são em séries. Recentemente, no dia 27 de maio, próximo ao município de Mo

Imagem ilustrativa da notícia Crimes bárbaros já são 'comuns' no seio da família camera Reprodução

Crimes praticados em ambiente familiar já são cada vez mais comuns, ainda assim costumam provocar muita comoção e tristeza, sobretudo quando as vítimas são crianças ou as execuções são em séries. Recentemente, no dia 27 de maio, próximo ao município de Mojuí dos Campos, oeste do estado, um homem matou a tiros cinco integrantes de uma mesma família. A polícia trabalha para identificar as causas da barbárie.

Outro caso sinistro aconteceu em São Paulo, no último dia 24 de maio. Após um surto depressivo, uma mulher atirou a própria filha, uma criança de três anos, da janela do quinto andar de um apartamento em um prédio localizado na zona oeste da capital paulista. Em seguida, ela também se jogou. Ambos, no entanto, não correm risco de morte.

CRISES

Crimes desta natureza muitas vezes escapam da alçada policial, pois, em sua maioria, são provocados por crises, seja de ciúme, dor, depressão e transtornos psicológicos que merecem muito mais um auxílio médico do que a uma investigação tradicional. Especialistas na área neurológica garantem que estes casos não podem ser simplesmente relacionados à vontade de cometer o crime, mas sim a distúrbios mentais que afetam e desregulam o senso crítico.

“Crimes passionais geralmente acontecem quando ela vive uma angústia muito grande em eminência da perda de alguém. Essa angústia leva indivíduo a um sofrimento muito grande e faz com que ele enxergue que a única solução para eliminar a angústia dele é eliminando o indivíduo ou o objeto do ciúme. Às vezes ocorre o suicídio, quando a vida é eliminada para encerrar um sofrimento”, explica o psicólogo Rodrigo Afonso.

Segundo ele, a falta de opção para um momento de aflição leva o indivíduo a procurar os meios aparentemente mais curtos para eliminar um sofrimento muitas vezes longo e silencioso.

“Geralmente, nesses momentos as pessoas estão com o senso crítico alterado e prejudicado para entender que existem outras formas de angústia. Essas pessoas deveriam ser observadas por alguma pessoa da família, ou o alvo do ciúme, e estimule que ela procure um profissional de saúde mental”, recomenda.

Canalização do ódio é o grande perigo

Muitas vezes, quando existe o sofrimento solitário, a pessoa em crise passa a enxergar como solução o meio mais radical, de uma das partes não se fazer mais presente, como forma de eliminar a dor, que, em determinados momentos toma conta de toda a existência da pessoa afetada.

“A angústia vai tomando conta do indivíduo ao ponto dele se enxergar como um todo sendo a própria angústia. Como se tomasse conta de todo ser da pessoa. E por isso, ou ele tira a própria vida, ou tira a vida do indivíduo alvo”.

No caso da mãe que atirou a própria filha pela janela, o profissional acredita que esse tipo de distúrbio é muito comum em mães que não aceitam a mudança na vida, a perda de uma função ou a dependência de terceiros e rejeição. Como resultado, muitas mulheres se sentem inválidas para a vida, passando a entender que a causa dos seus problemas são justamente as crianças.

“Essas mães que às vezes sofrem de depressão pós-parto, começam a enxergar essa angústia vivida pela presença do bebê ou pela mudança de papel social. O que eliminaria essa angústia num momento de surto? Eliminar a criança. O indivíduo não tem a intenção de matar. Na realidade ele quer acabar com um sofrimento. É como alguém que quer se suicidar. Na verdade essa pessoa quer eliminar a dor, a angústia”, esclarece.

Um caso de ciúme extremo chocou o país no início deste mês. O comerciante Paulo Cupertino Matias matou a tiros o ator e namorado da filha, Rafael Henrique Miguel, 22, e os pais do rapaz. A motivação da barbárie foi o ciúme exagerado sobre a filha Isabela Tibcherani Matias, 18 e a não aceitação do relacionamento dos jovens, de 1 ano e 3 meses.

Estudiosos do comportamento humano dizem que a canalização do ódio leva a pessoa a cometer atos de extrema gravidade, com o objetivo de eliminar aquilo que impede sua felicidade.

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