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MÃE E FILHA

Mulheres que agrediram criança autista são indiciadas por crime de tortura

Marcileia Pinheiro da Costa e Manoela Caroline Pinheiro da Costa foram indiciadas pela Polícia Civil em inquérito policial pelo crime de tortura nesta quinta-feira (30). Mãe e filha, respectivamente, foram filmadas enquanto agrediam fisicamente um menino

Imagem ilustrativa da notícia Mulheres que agrediram criança autista são indiciadas por crime de tortura camera Imagem do vídeo que circulou nas redes sociais mostra a criança sendo agredida pela terapeuta e pela proprietária do centro terapêutico | Reprodução/Vídeo

Marcileia Pinheiro da Costa e Manoela Caroline Pinheiro da Costa foram indiciadas pela Polícia Civil em inquérito policial pelo crime de tortura nesta quinta-feira (30). Mãe e filha, respectivamente, foram filmadas enquanto agrediam fisicamente um menino autista de 10 anos no Centro Terapêutico A Fazendinha, localizado em Castanhal, nordeste paraense.

O inquérito, de autoria da delegada Lidiane Pinheiro, da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), foi aberto na semana passada e concluiu que as duas passam a ser acusadas pelo crime de tortura (artigo 1º, II, Parágrafo 4º, II, da Lei 9.455 de 1997), cuja pena prevista é de dois a oito anos de reclusão.

A Polícia Civil disse que foram ouvidas 14 pessoas em depoimento e que Marcileia e Manoela admitiram as agressões sob alegação de que pretendiam conter a criança. Além dos depoimentos, foi requerida a perícia do vídeo.

A delegada encaminhou ofício aos órgãos, como a Vigilância Sanitária, requerendo a fiscalização do Centro Terapêutico. O inquérito de quase 150 folhas foi remetido ao Poder Judiciário de Castanhal.

ENCERRAMENTO

Dois dias atrás, a Justiça acatou ao pedido do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) para que as atividades do centro fossem suspensas. Até então, o centro funcionava normalmente mesmo após o pedido do Ministério Público.

Na decisão judicial, o juiz Francisco Jorge Gemaque Coimbra, da 3ª Vara Cível e Empresarial, Infância e Juventude, Órfãos, Interditos e Ausentes de Castanhal, relata que há fortes provas, incluindo vídeo e depoimentos, de que os fatos ilícitos noticiados pelo MPPA vêm sendo praticados reiterada e rotineiramente, consistentes em agressões físicas e verbais ao garoto vítima por meio da terapeuta ocupacional Manoela Pinheiro e da mãe dela, Marcileia Pinheiro, proprietária do centro.

REPÚDIO

As agressões repercutiram de tal forma que internautas pediram a punições às agressoras que aparecem nas imagens. O Grupo de Mães Mundo Azul, de crianças com autismo, emitiu uma nota de repúdio logo após tomar conhecimento do caso.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou o caso como "inadmissível" e disse que o vídeo "demonstra tratamento desumano, degradante e de extrema violência à criança". A OAB reafirmou que vai acompanhar a situação e ajuizar ações cabíveis referentes ao crime ocorrido.

"A comissão pretende acompanhar o caso e, se possível, ajuizar ações cabíveis referentes ao crime ocorrido, ainda mais com o agravante de ser criança e com deficiência. Não vamos permitir que um profissional trate seus pacientes dessa forma", concluiu.

(Com informações da Polícia Civil)

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