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Saiba quais são os golpes mais praticados em Belém

Ficar sob a mira de um revólver ou de uma faca é, de fato, uma das maiores violências que pode haver. Mas há um tipo de crime que pode ser tão traumático quanto. São os golpes praticados por estelionatários que, dependendo da maneira como são aplicados, d

Ficar sob a mira de um revólver ou de uma faca é, de fato, uma das maiores violências que pode haver. Mas há um tipo de crime que pode ser tão traumático quanto. São os golpes praticados por estelionatários que, dependendo da maneira como são aplicados, deixam um dano financeiro e uma sequela emocional imensurável.

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), no ano de 2018 foram recebidas 223 denúncias de estelionato, por meio do Disque Denúncia 181, e outras 88 entre janeiro e março deste ano. O órgão não discrimina quanto desse quantitativo é relacionado a este tipo de prática criminosa, mas o titular da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), delegado Neyvaldo Silva, confirma a frequência de pessoas que buscam ajuda após perceberem que
foram enganadas.

“Temos percebido uma diminuição na quantidade de denúncias, mas ainda acontece. Tem a questão da ingenuidade mas, no geral, é a ambição que acende o olho da vítima”, diz ele. A prática desconhece gênero e classe social: cai do pobre ao rico, e nem mesmo advogados e policiais às vezes escapam da lábia dos golpistas. Quando identificado pela polícia, o criminoso é enquadrado por estelionato, artigo 171 do Código Penal, e pode pegar de 1 a 5 anos de prisão, sendo que a pena máxima pula para 10 anos se o crime for cometido contra um idoso. Mas, para o delegado, a legislação é branda, tanto que não é incomum o golpista ser preso, cumprir parte da pena e, em liberdade condicional, voltar a
cometer o mesmo delito.

Um dos maiores agravantes desse tipo de prática é que quase nunca a vítima recupera os valores ou bens envolvidos no golpe. Então, por mais que as medidas legais existam para punir, o prejuízo fica. “É um tipo de abalo muito grave, fica um trauma muito grande. A pessoa fica constrangida, com vergonha mesmo, e por causa disso, às vezes nem denúncia. Esse tipo de criminoso tem uma facilidade grande em conquistar a confiança da vítima, que dá dinheiro, dá documentos e só no fim, quando não tem mais como não perceber, reconhece que caiu em um golpe”, lamenta.

O velho ditado que alerta para desconfiar do santo quando a esmola é muita é de enorme valia nessas horas e pode salvar a pessoa das garras do trambiqueiro. “As pessoas acabam sendo ingênuas quando aceitam esse tipo de oferta. No caso do MCMV (Minha Casa, Minha Vida), por exemplo, é um programa do Governo Federal, claro que não vai ter gente na rua oferecendo. Os interessados precisam ir ao banco, entrar na fila. Regra básica de quem negocia é desconfiar”, recomenda a promotora de Defesa do Consumidor,
Joana Coutinho.

Dificilmente os casos de golpes vão parar no Ministério Público, mas houve um caso grande, há alguns anos, segundo a promotora, de um falso consórcio de motos que lesou dezenas de pessoas em Castanhal, Capanema, Bragança e Ananindeua. “Tudo geralmente fica nas delegacias, mas nesse caso das motos houve prisões e inclusive ações civis que seguem em andamento. E como é comum nesses casos, praticamente inexiste a possibilidade de essas vítimas reaverem o que pagaram”, confirma.

“É preciso cuidado com as facilidades. Por que um carro que custa R$ 100 mil aparece sendo vendido por R$ 40 mil? Tem algo errado, é claro”, enfatiza. O cuidado redobrado, principalmente nas compras via internet, é o mínimo que pode haver. “Só existe golpista porque existe quem cai, quem acha que está se dando bem. Ou não haveria”, conclui.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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