plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
PARÁ

Videogame ajuda pessoas com parkinson

Um tipo de videogame utilizado por milhares de jovens para a diversão pode ser, também, um bom aliado na recuperação e manutenção da capacidade funcional e na qualidade de vida das pessoas com parkinson. A chamada gameterapia é um dos instrumentos utiliza

Um tipo de videogame utilizado por milhares de jovens para a diversão pode ser, também, um bom aliado na recuperação e manutenção da capacidade funcional e na qualidade de vida das pessoas com parkinson. A chamada gameterapia é um dos instrumentos utilizados no MovimentAÇÃO, projeto de extensão ligado à Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e que é voltado para pacientes com a doença. Os atendimentos à população são realizados de forma gratuita.

Coordenadora do projeto, a fisioterapeuta e professora da faculdade de fisioterapia e terapia ocupacional da UFPA, Mellina Monteiro Jacob, explica que a utilização do videogame que funciona por sensores de movimento ajuda a trabalhar a questão do equilíbrio, da consciência corporal e da mobilidade, justamente as áreas mais afetadas no paciente com parkinson.

Além disso, por se tratar de um jogo, a ferramenta acaba estimulando a adesão e participação dos pacientes. “Os pacientes com parkinson normalmente são de uma geração que nunca jogou videogame, então é gratificante ver como eles se divertem durante as atividades”, aponta Mellina. “Com isso nós percebemos que há uma melhora na adesão ao tratamento porque o videogame proporciona uma dinâmica diferente”.

Para que a prática tenha a eficácia desejada, são selecionados os jogos em que os pacientes precisam usar uma plataforma que, colocada no chão, capta os movimentos da pessoa que a utiliza. Os paciente sobem na plataforma e podem dar comandos ao jogo a partir da inclinação do corpo para um lado ou para o outro, por exemplo. A movimentação praticada pelos pacientes, a partir da orientação dos alunos da faculdade de fisioterapia que são bolsistas do projeto e supervisão das professoras, é o que proporciona trabalhar a recuperação da capacidade funcional dos pacientes.

EXERCÍCIOS

Os atendimentos porém, não se restringem ao uso do videogame. “Após o uso do videogame, os pacientes fazem exercícios voltados para o fortalecimento aeróbico, o que também é importante para a pessoa que tem parkinson”, explica a fisioterapeuta e professora da faculdade de fisioterapia e terapia ocupacional da UFPA, Denise da Silva Pinto.

“O game não é a sessão em si, mas um dos recursos que utilizamos durante a sessão. O foco ainda são os exercícios terapêuticos que atuam para estimular outros centros nervosos”. Cerca de 18 pacientes participam do projeto, com sessões duas vezes por semana. Cada paciente atendido pelo projeto passa por 20 sessões. Após o encerramento deste ciclo, o atendimento é encerrado e a vaga é disponibilizada novamente para a sociedade.

Para que possam participar do projeto, porém, os pacientes precisam já ter sido diagnosticados com parkinson. “Nós recebemos demandas espontâneas, mas desde que o paciente já tenha o diagnóstico fechado, apresente um laudo e já faça o tratamento com a medicação”, explica Denise. “Isso é necessário pois não atuamos no diagnóstico, apenas no tratamento”.

SERVIÇO

- GAMETERAPIA

Os pacientes com parkinson que tenham interesse em participar do projeto MovimentAÇÃO podem entrar em contato com o projeto através do WhatsApp 98179-9870 ou pelo 98300-6688 (falar com a Layra Souza).

- FUNCIONAMENTO

Inicialmente, os pacientes passam por uma triagem, para verificar se possuem os critérios de elegibilidade para participar do estudo. Após a triagem, são submetidos a uma avaliação na qual são coletados dados referentes às suas manifestações clínicas, e são aplicadas escalas e testes específicos para avaliar parâmetros, como o equilíbrio, a mobilidade e a qualidade de vida. Os comprometimentos apresentados pelos pacientes são tratados por meio de exercícios que trabalham a funcionalidade de cada indivíduo, associados à gameterapia, que utiliza como instrumento o videogame (Nintendo Wii®).

- PARA PARTICIPAR

Podem participar pacientes com diagnóstico clínico para a doença de parkinson, com idades entre 50 e 80 anos, que não apresentem histórico de outras patologias neurológicas ou ortopédicas que comprometam a mobilidade e o equilíbrio.

Fonte: Universidade Federal do Pará.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Pará

Leia mais notícias de Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias