Pintura e alguns reparos na estrutura da Aldeia Amazônica começaram a ser feitos para o Carnaval 2019 de Belém. São quase 30 escolas de samba locais programadas para desfilar no próximo final de semana, de 22 a 24 deste mês, mas as obras na área preocupam moradores e quem trabalha perto da avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira.
“A demanda é muito grande e, acredito que essa reforma não é suficiente para atender tanta gente que assiste ao desfile. Percebo que nos pilares que estavam rachados, por exemplo, foram colocados apenas uns fios de aço”, aponta Leonardo Araújo, 25, morador há 20 anos e que trabalha em frente à Aldeia. Segundo ele, “o espaço nunca recebeu melhorias adequadas, mas fazer trabalhos ´rápidos´ como o que está sendo feito, é colocar em risco a vida das pessoas. Eu não participaria”, comenta.
(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)
O comerciante Luiz Carlos Silva, 55, também avalia de forma negativa o que é feito pela Prefeitura de Belém. “Essa estrutura está toda corroída. O piso está afundando. Até agora, não vimos nenhum laudo técnico do Corpo de Bombeiros para saber se está seguro. Para mim, não tem condições. Estão só camuflando”.
Segundo a Prefeitura de Belém, a Aldeia Amazônica recebe obras de reforma, como sinalização, nivelamento da via, recuperação de calçadas e de estruturas de concreto nas arquibancadas, pilares e vigas, além da implantação de faixas de pedestres, setas e legendas específicas para os desfiles.
A reportagem entrou em contato com o Corpo de Bombeiros que afirmou estar ciente dos serviços e que fará vistoria antes do evento. Hoje, às 10h, está programada uma reunião na sede da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), com órgãos do Estado e Município que discutirão questões de segurança na estrutura da Aldeia.
“A gente não quer que olhem para a Aldeia só na época do Carnaval. Esse espaço está desprezado pelo poder público. Precisamos que a Aldeia sirva como um espaço de recreação para a comunidade. É um patrimônio nosso, do povo”, diz Lúcia Miranda, 63, moradora da Pedro Miranda.
(Michelle Daniel/Diário do Pará)
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