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Polícia Civil investiga causas de queda de avião em Belém

Três dias após a queda de uma aeronave de pequeno porte sobre uma sala de almoxarifado e três casas, no bairro do Bengui, em Belém, a Polícia Civil segue as investigações para apurar as possíveis causas do acidente que vitimou fatalmente o copiloto Lucas

Três dias após a queda de uma aeronave de pequeno porte sobre uma sala de almoxarifado e três casas, no bairro do Bengui, em Belém, a Polícia Civil segue as investigações para apurar as possíveis causas do acidente que vitimou fatalmente o copiloto Lucas Ernesto Santos, 24. O piloto, Bruno Alencar, 22, segue internado no Hospital Metropolitano.

Inicialmente, o caso foi registrado na delegacia do Bengui, mas conforme o delegado Raimundo Augusto, que acompanhou a retirada dos destroços do monomotor PT-JIC, modelo Cessna Aircraft 210L, o inquérito ficou a cargo da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), sob a responsabilidade do delegado Aurélio Paiva. Segundo ele, a polícia já fez os primeiros levantamentos e mantém uma linha de investigação para saber o que teria ocasionado a queda da aeronave, com permissão para transporte de até cinco passageiros. “Já identificamos a empresa proprietária do avião e vamos investigar a rota que ela fazia, a praça que ele fazia, toda a rotina de voo”, explicou o delegado Aurélio.

PILOTO

Quanto a conduta do piloto, Bruno Alencar Wachekowski, o delegado informou que vai esperar ele deixar o hospital para prestar esclarecimentos, mas atualmente não há nada que levante suspeitas, embora ele tenha sido preso, em maio de 2016, por furtar uma aeronave pertencente a uma emissora de Vargem Grande, no Mato Grosso. “Não podemos dizer que ele vai ser preso, porque não dá para saber se foi um acidente premeditado. Apenas se for comprovado a ligação dele através do inquérito, aí será feito algo”, complementou.

No interior da aeronave foi achada também a quantia de R$ 3 mil, que serão incorporados junto às investigações. “Foi encontrado um valor dentro da aeronave, mas não compromete as investigações. Não é algo que causa muita estranheza. Pode ser de muita coisa, mas nenhuma vinculação criminosa”, esclareceu Aurélio Paiva.

“Vamos tomar depoimento do piloto, dos donos da aeronave. O caso será acompanhado pela Seripa (Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes) e Aeronáutica. Vamos verificar junto às autoridades a rotina de voo, o abastecimento, até levantaram a suspeita de um pane seca, quando há falta de combustível”, finalizou.

O inquérito da Polícia Civil deve ficar pronto nos próximos 30 dias.

(Luiz Guilherme Ramos/Diário do Pará)

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