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Pilotos teriam sido alertados sobre falta de combustível em avião

O piloto Wilkinson Lima, 26 anos, revelou que falou com o piloto e o copiloto cinco minutos antes deles iniciarem a viagem e alertou que a aeronave estaria sem combustível. Wilkinson informou que conhecia bem Lucas Santos, de 24 anos, que morreu na queda

O piloto Wilkinson Lima, 26 anos, revelou que falou com o piloto e o copiloto cinco minutos antes deles iniciarem a viagem e alertou que a aeronave estaria sem combustível. Wilkinson informou que conhecia bem Lucas Santos, de 24 anos, que morreu na queda da aeronave no bairro do Benguí, em Belém, na manhã da última quarta-feira (13).

“Ele tava bem empolgado porque tinha acabado de tirar a carteira de piloto comercial. Desejei boa viagem e de repente veio a notícia triste”, conta Wilkinson, acrescentando que o jovem e o piloto Bruno Alencar foram alertados sobre o risco de viajar sem reabastecer a aeronave, que estaria sem combustível.

Já o piloto Adalberto Magalhães, 36, disse que um acidente como esse era algo “previsível”, já que a falta de combustível seria uma constante no Aeroporto Brigadeiro Protásio. “Muitos táxis aéreos saem de lá para abastecer no aeroporto internacional. Pagamos uma taxa absurda de pouso e decolagem e o que se faz com esse dinheiro? Cadê a fiscalização da Anac?”, questiona.

Reunidos em uma igreja evangélica situada no Distrito de Icoaraci, familiares e amigos se despediram do copiloto Lucas Ernesto Santos, 24, que morreu na queda do monomotor. O piloto Bruno Alencar Wachekowski, de 22 anos, permanece internado em estado grave no Hospital Metropolitano.

Emocionado, o pai do jovem, o empresário Marinezio Santos, 64 anos, disse que perdeu um filho muito querido. “Não quero responsabilizar ninguém. Meu filho era piloto e ele sabia dos riscos da aviação. Estou torcendo para que o outro piloto se recupere para não ser mais uma família em sofrimento”, afirmou. “Você não pode frustrar os sonhos do seu filho e não me arrependo de ter incentivado. Deus me deu e levou”, afimou. Lucas foi enterrado em um cemitério particular de Marituba, à tarde.

SUSTO

Um dia após o acidente, os moradores da área permaneciam assustados e contabilizavam os prejuízos em seus imóveis, já que a aeronave atingiu os telhados de pelo menos três residências de dois pavimentos, segundo a Defesa Civil Municipal. O acidente aconteceu por volta das 11h30 na passagem Ferreira Filho, próximo à delegacia do Bengui. O monomotor caiu sobre o setor de almoxarifado em uma área do residencial Aracema.

Por questão de segurança, os moradores foram orientados a não utilizarem o segundo pavimento das casas. Já o primeiro piso foi liberado para uso após análise da Defesa Civil. A proprietária de uma das casas é a aposentada Martinha Santos e Silva, 72 anos. Ela estava na casa de uma irmã quando soube do acidente. A idosa disse temer que o muro da casa ao lado desabe e atinja a lateral da sua residência. “Eu não consegui dormir até agora, preocupada, ansiosa. Quando vi passei mal e não estou bem até agora”, lamenta.

O imóvel mais prejudicado foi o da autônoma Dinéia Chumber Negrão, 52, mora com o esposo, a mãe, e o filho. Ela e a mãe, a idosa Vastir Farias, 74, estavam em casa quando aconteceu. Ela fazia uma limpeza em seu quarto, no andar de cima, quando ouviu o estrondo feito pela aeronave. “Ouvi um estrondo e vi já quebrando tudo, caindo telhado, perna manca. O primeiro e segundo quartos de cima foram os mais atingidos”, diz.

A polícia Civil informou que o inquérito que apura as causas do acidente foi transferido da Delegacia do Bengui para a Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), que deve designar um delegado para acompanhar o caso.

INFRAERO

Em nota, a Infraero informou que a falta de combustíveis de aviação (AVGAS) no Aeroporto Brigadeiro Protásio de Oliveira é reflexo do desabastecimento do referido produto no mercado brasileiro. Ou seja, também vem ocorrendo em outros aeródromos, e não se trata de ação que se encontra sob a gestão desta empresa. O Brigadeiro Protásio de Oliveira é um aeroporto público, que se encontra homologado e apto para operar aeronaves na Categoria 2B.

Cabe ressaltar que a última inspeção da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) foi realizada recentemente, em novembro de 2018, e o aeroporto se encontra em condições satisfatórias de operação, considerando o perfil na categoria em que se encontra homologado, finaliza a nota.

(Com informações de Pryscila Soares/Diário do Pará)

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